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Sen Çal Kapimi – Resenha – Episódio 22

Olá,

Eda e Serkan nos emocionaram com a sua volta ao jogo da sedução bem ao estilo deles. Mas também nos irritaram até o último fio de cabelo. O episódio nos presenteou com muitas cenas Edser, mas a principal de todas, foi a espelhada de Ghost. Adorei tanto que tem um tópico só para ela.

Porém, também passamos raiva com a cria de Selin. Balca caiu do céu sem paraquedas, na Art Life só para causar. Porém, ela não faz a menor ideia de com quem está se metendo. Se tem algo que sabemos sobre a Art Life e todos os seus funcionários é que não há um que não shippe os patrões. Balca é game over, mas vai dar trabalho.

Selin e Alptekin deram adeus à trama, mas não vou falar deles nessa resenha, já que outros tópicos emergiram de maneira mais relevante. Mas saibam que chorei quando eles foram embora, porque vou sentir falta da Bige e do Tio Mark. Só por isso, porque os personagens foram tarde. Quem sabe eles voltem aqui em alguma outra resenha ou análise extra da dizi.

Dito isto…Vamos lá!

Balca, a louca dos signos

Alguém avisa a nova relações públicas da Art Life que o boy dos outros não é presente de Deus? Porque se ela precisar de avisos de Eda Yildiz, ela vai ficar com o olho roxo. Sim, Balca quando foi anunciada recebeu tanta raiva das “batedoras de porta” que certamente ganhou o prêmio de mais odiada personagem da vida. Foi um reboliço jamais visto desde o episódio 6 em que Serkan Bolat foi tão cancelado que sobrou textões e lições de moral para o ruivo e quem defendia ele.

Ranço.

Balca chegou não para somente sacudir a Art Life, mas para sacudir o fandom. Ah, minhas caras leitoras, escritores são um tipo de gente que está disposto a te levar ao céu e ao inferno, sem um pingo de remorso. Falo com juízo de causa, uma das coisas que mais achei difícil fazer na minha vida foi criar uma trama que levasse o leitor a sentir coisas que o deixariam incomodados. Mas veja só, eu aprendi isso na marra, sofrendo, mas aprendi. É algo libertador.

Essa personagem, no entanto, surgiu com a suposta trama do “ciúme”, que muitos disseram já estar saturados. Ok, eu entendo, mas toda história de amor tem uma trama de ciúme. Geralmente, elas são usadas para evidenciar falhas de segurança no sistema romântico do casal e para consertá-las. O problema que podemos destacar em inserir uma mulher com a mesma função de Selin. É a impressão de estarmos rodando em círculo.

Por que se fez necessário adicionar Balca para fazer Eda sentir ciúmes de Serkan, se ela já tinha a Selin que atuou nesse papel a dizi inteira? Para tentarmos entender a lógica dos escritores desse episódio e a função vilanesca de Balca em Sen Çal Kapimi, vamos falar de nossa florista preferida primeiro.

Eda é uma pessoa insegura na sua vida sentimental. O que era de se esperar de uma mulher que enfrentou uma traição e um noivado falso a um homem que odiava. Além claro de considerarmos o seu temperamento intempestivo e emocional. Ela constantemente desconfiava de Serkan e Selin. Sempre. Mesmo quando ele dava todos os sinais de que não tinha outra mulher para ele nesse mundo.

Depois de a verdade ser revelada entre eles, Serkan não largou o pé de Eda. Antes mesmo disso, ele sempre esteve por perto. Sendo gentil, aguentando as patadas, os empurrões, e etc. Eda nunca interpretou isso do modo correto. Ela achava que ele a estava perseguindo, querendo fazê-la sofrer com sua presença e mais qualquer outra caraminhola que viesse a mente dela.

Quero destacar a cena do episódio 19 onde Eda é chamada por Serkan para a casa dele. Eda não pensa e vai. Encontra-o embriagado e com Selin dentro da residência. Como a cabeça de Eda está sempre inclinada a pensar o pior quando o assunto é Serkan. Ela reage explodindo de raiva porque a Selin está ali com ele.

Claro, logo depois a fanfic ciumenta dela é lançada ao chão, quando a própria Selin é praticamente expulsa da casa por Serkan. Eda escuta as declarações amorosas do ex-namorado embriagado e dá um banho nele. Dorme no sofá do quarto dele e de manhã, mesmo assim, depois disso tudo, ainda tem um surto vulcânico de ciúme.

Serkan é um ciumento engraçado, Eda é uma ciumenta nociva. É um problema o que ela tem. Um problema de insegurança. Ela precisa compreender duas coisas básicas: Serkan é apaixonado por ela e Eda precisa ver os sinais disso como provas de que não tem necessidade alguma de desconfiar dele.

Veja, Serkan conhece Eda muito bem, mas ela está presa na versão robótica de Serkan, que ela sabia ler como ninguém. O detalhe é que Serkan Bolat deixou sua natureza robótica que o impedia de ser humano e experimentar sentimentos comuns a qualquer pessoa. Agora ele é um homem, sem aquele aço que o prendia, hoje a característica do aço em sua vida é outra. Representa força, determinação e segurança.

Eda não conhece bem esse novo Serkan Bolat, ou como eu gosto de dizer, quando os personagens evoluem e mudam nas tramas. Ele voltou a ser o que em essência ele sempre foi: Humano e sentimental. Eda foi criada para sempre ficar de cabeça erguida em qualquer situação. O orgulho de Eda é uma blindagem contra qualquer ação contrária dos outros.

Explodir é a primeira reação de Eda para quase tudo. Principalmente quando falamos de sentimentos. Isso é muito ruim porque as vezes, a melhor reação é esperar, é não ser precipitada. Um dia, minhas caras, um dia a impulsividade de Eda seria um problema. Eis que chegamos nele.

Balca estava no seu mundinho isolado do universo, chorando pitangas e lamentando sua má sorte. Até que Eda olhou seu CV e pela foto escolheu-a. Afinal, todas as outras candidatas entrevistadas eram belas demais para serem funcionárias de Serkan Bolat. Eda ficou atenta a esse detalhe mais do que o próprio Serkan. Porém, Balca foi escolhida dentre todas as outras depois de uma discussão boba entre eles.

Eda queria provar que não estava com ciúmes, rejeitou até a proposta de Serkan de olhar por candidatos do sexo masculino, porque ele percebeu que Eda estava enciumada. Porém, a nossa querida arquiteta paisagista fingiu não estar com ciúmes e escolheu a pior de todas as candidatas possíveis.

Ela só não sabia disso ainda.

Balca não está na empresa apenas para ficar achando que Serkan Bolat é seu crush das estrelas. Ela foi apresentada assim porque é a linha de raciocínio que chama mais a atenção, independente de se o público vai gostar ou não. Chama atenção sim. Mexe com quem está vendo, instiga e gera buzz. É como diz o ditado “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. As consequências disso, porém, foram imprevisíveis.

Há uma coisa que eu odeio no mundo imediatista que vivemos. É que ele nos tornou muito impacientes. Queremos para ontem aquilo que deve ser desenvolvido por um período mais longo. Por exemplo, começamos uma reforma em casa. Minha prima e minha mãe pintaram a sala e a cozinha. Eu fiquei cuidando da bebê da minha prima, não peguei no pesado pintando, mas cuidando da neném. Quem tem filho, sabe do que estou dizendo.

Depois passamos para o meu quarto. Eu tirei todas as coisas de dentro dele. Livros, bibelôs, bonequinhos, estantes, mesas, cama e etc. Depois lixei uma parede inteira, tirando todo o resto de tinta velha. Achei que iria pintá-lo junto com minha prima no dia seguinte, porém, ao ligar para o papai à noite (Ele está viajando a trabalho). Meu pai avisa que irá quebrar a parede que eu lixei o dia inteiro para que depois a gente o pinte.

Eu fiquei muito brava porque eu pensei que meu quarto estaria arrumado no dia seguinte e cheirando a tinta fresca. Mas agora terei que esperar quando ele voltar daqui a alguns dias. O imediatismo nos mata de estresse e ansiedade sem necessidade alguma. Meu quarto ficará muito melhor mais largo e terei o escritório dos sonhos. Mas minha primeira reação a mudança inesperada foi ficar brava.

Histórias de amor tem finais felizes. Você pode me questionar dizendo que estou mentindo, já que tem várias que terminam de forma trágica. Não sei para vocês, mas eu não leio histórias que terminam tragicamente e eu nunca as chamo de histórias de amor. Para mim são romances dramáticos, não romances românticos. Mas essa é uma visão muito minha, é uma regra que eu estabeleci para mim.

Por isso, eu não vejo motivos para surtar por uma personagem inserida para causar estremecimentos. Histórias boas tem conflitos constantes. Não tem isso de mar de rosas. Não tem nada de felizes para sempre por cinco episódios (só no love) no meio de uma história em andamento. Há, no entanto, formas de inserir o conflito sem afastar o casal, é isso que eu espero que aconteça.

O elemento-problema foi inserido com o casal relativamente junto. Mas essa não foi a percepção inicial da maioria, quando o fragman foi lançado mostrando a nova personagem, houve uma repulsa tão forte que todo mundo esqueceu que o episódio 21 terminou em beijo. Eda e Serkan estão se encaminhando para um together forever, mas terá um capeta enrustido tentando separar eles.

Tentando.

Porque como bem sugeriu a autora em um retweet recente em sua conta no twitter:

“Nota do Autor: Não querendo estragar o final para você, mas tudo vai ficar bem”

Os três desejos de Serkan Bolat

Eda e Serkan não estão juntos simplesmente porque Eda não quer. Motivos, razões e circunstâncias foram bem colocados durante os últimos episódios. Principalmente nesse 22 onde Serkan pacientemente esperou por sua amada. A verdade é que Serkan desde a revelação sobre o segredo tem esperado Eda. Ele se tornou o meme do titanic “faz 84 anos…”

Eu não sei vocês, mas a indecisão de Eda me deixou irritada. Alguém precisava entrar e tirá-la dessa zona de conforto enjoada em que ela se meteu. Balca chegou com esse propósito de acelerar a decisão de Eda. Na verdade, eu acho que não precisaria chegar a esse ponto, de inserir alguém como um “inimigo”, para que ela caísse em sí.

Ai gente, me fazem passar raiva, mas eu amo esses dois lesos.

Na cena do elevador, daquele almoço, da conversa no terraço já seria o suficiente para qualquer pessoa normal decidir ficar com o homem que ama. O Serkan não mediu esforços para provar que havia mudado, que não iria esconder nada dela nunca mais. O que Eda queria que ele fizesse? Rasgasse o céu de Istambul com aquelas mensagens presas nas caldas dos aviões dizendo para Deus e o mundo que estava arrependido e a querendo de volta?

Absurda essa demora. Irritante em muitos sentidos. Isso eu não consigo engolir com facilidade. Uma das maiores provas para a Eda de que quem estava sendo errada na situação agora era ela e não ele. Foi a reação MADURA de Serkan em não se emburrar com Eda ao descobrir que ela o havia enganado também. Olha, que interessante. Serkan omitiu a verdade sobre a família de Eda, Eda omitiu que sabia quem havia dado a cópia do contrato para Kaan.

Apesar de que as duas situações tenham pesos emocionais muito diferentes. Já que a verdade sobre as mortes dos pais da Eda seja um caso grave, Eda escondeu de Serkan sobre o que descobriu por muito mais tempo que ele. Ou seja, Serkan tinha todo direito de ficar tão irritado com ela, quanto ela ficou com ele. Mas a opção que Serkan escolheu foi muito inteligente.

A raiva nunca é a melhor opção, há outras formas de se resolver problemas. Serkan não é um amante do caos porque gosta da confusão, ele gosta de procurar soluções. Fez com que Eda “pagasse” pela sua mentira realizando três desejos dele. Sendo o primeiro deles o mais interessante para a nossa análise no episódio 22.

“Eu quero que você confie em mim incondicionalmente”

A opção A era que ela confiasse nele, mas Eda recusou-se a considerá-la. Aqui começa a desandar o rumo das coisas. Ela usou a mentira de Serkan como justificativa para declinar desse desejo. Como se tivesse sido borrado da mente dela, que tinha confiado nesse mesmo homem horas antes para entrar num elevador e ajudá-la a superar uma fobia

Falaram-se tanto em incoerências com Serkan pedindo uma pizza no fim do episódio e essa situação incoerente de Eda também? Incrível como esse episódio quanto mais revisto e analisado fica ainda mais irritante. Eda estava um poço de chatice. Tanto fez que Serkan mudou de desejo e pediu algo que também significava confiança nele, mas uma confiança em forma de ação.

Eda teria que surpreendê-lo indo na casa dele para verem um filme. Claro, que a intenção era que os dois se reconciliassem, dentro de um ambiente em que ele tinha controle, assim seria mais fácil amansar a fera. Eda sabia que não resistiria e fez o que qualquer pessoa orgulhosa faria: Não foi.

“Eda, posso falar algo sobre o contrato entre um homem e uma mulher? Quando a pessoa é muito teimosa, o amor passa”

Eu vejo Serkan como um homem muito certo do que ele quer, determinado em conseguir não o amor de Eda, porque isso ele já tem. Vejo ele com o coração focado em quebrar as barreiras que ela mesma impõe em relação ao dois. Se você voltar exatos vinte e um episódios, você lembrará comigo de quem era Eda Yildiz.

Ela era uma jovem decidida, independente e valente. Uma mulher que sempre se manteve altiva diante de todas as situações-problema que surgiram em seu caminho. Ela não foge de suas responsabilidades. Se ela faz algo errado ela tenta consertar. Ela é assim. Seu orgulho, sua impulsividade foram o pontapé inicial da história. Mas com o desenrolar da trama se tornou um problema.

Quando falamos de mudança, de evolução do personagem não estamos dizendo que eles vão deixar de ser o que são. Veja, Serkan não se tornou um jardim, ele segue sendo aquele homem sério, maduro e um pouco emburrado. Foi por esse homem que Eda e a gente se apaixonou. Ele segue em partes desse mesmo jeito. Ele só mudou naquilo que estava prejudicando a sua vida, perceberam?

Balca sugere que nós não podemos mudar as pessoas, que isso é errado. Essa pulga ficou atrás da orelha de Eda o episódio quase todo. Acredito que seja parcialmente certo. Devemos amar as pessoas pelo que são, mas não podemos querer que elas sejam eternamente do mesmo jeito. A vida é feita de mudanças.

Não somos rochas, somos barro, que pode ser moldado e modificado de massa desforme para um vaso belíssimo. Amamos a essência das pessoas e podemos SIM servir de ensinamento e transformação daquilo que não faz bem para alguém. Não podemos achar que somos salvadores da pátria, que mudaremos as pessoas na marra. COM UM CONTRATO!

A mudança parte do querer, da vontade de se tornar alguém melhor não só pelo outro, mas por nós. Principalmente por nós.

Agora, a bola está nas mãos de Eda. Ela precisa moderar essa sua impulsividade, quebrar um pouco seu orgulho. Talvez redirecioná-los para os desejos de seu coração. Eda quer loucamente voltar com Serkan, agarrar, beijar, morar com ele, fazer um vaso, fazer amor, mas a mente dela segue enclausurada com medo de se entregar novamente ao homem que um dia a machucou.

Torcemos para que ela faça isso logo, não aguentamos mais essa lenga-lenga.

Molly e Sam da Turquia

Vocês já fizeram a seleção de melhores cenas Edser de toda a dizi? Vocês já têm as suas preferidas? Porque em breve sai aqui no blog a minha lista de cenas favoritas e vocês podem ter certeza que essa de Ghost, quer dizer, de Sen Çal Kapimi está entre elas. Quero chamar a atenção para a frase que antecede esse momento tão íntimo de nosso casal.

“O que você imaginar é a argila. Primeiro você precisa amá-la. Você deve tocá-la com paciência e delicadeza, como se estivesse tocando uma pessoa amada. Então, você verá a beleza que está escondida por dentro e modelará com as mãos.”

Amar é ter paciência e tratar com delicadeza o ser amado. Coisa que deveria ser feita sempre, nos dias bons e maus de um relacionamento. Paciência para suportar os momentos mais difíceis. Delicadeza para tratar com amor quando tudo for espinhos.

Acho que Serkan já entendeu exatamente o que o amor significa, o que quer dizer amar Eda Yildiz. Ele compreendeu quando a perdeu. Quando a afastou de si naquele terrível episódio 14. Eda passou por um sentimento semelhante, mas ainda não teve esse encontro fatídico com a possibilidade de perda do ser amado. Acho que a maioria de nós só entende a extensão do amor que sentimentos quando estamos na beira do precipício.

FUI COM DEUS

Sam só disse que amava Molly depois que havia morrido. Dentro da ficção, da fé expressa dentro do filme, ele teve essa chance. Na vida moderna exigente e apressada que vivemos, onde tudo é agora e mal temos paciência de esperar para ver o final feliz de uma história contada semanalmente. Não podemos nos dar ao luxo de perder tempo.

Aqui entramos num dilema. Esperar e ou agir imediatamente. O que podemos deixar para depois e o que devemos fazer agora? Eu acho que tudo que tem a ver com amor não pode ficar na fila de espera. O amor é algo imediatista, soberano, é algo que necessita de atenção exclusiva. O amor e o tempo andam lado a lado. O amor tem fome de alimentar-se. Ele não vive a pão e água

“Oh, meu amor amor, minha querida. Eu anseio pelo seu toque. Há um longo e solitário tempo. O tempo passa tão devagar e o tempo pode fazer tanto. Você ainda é minha? Eu preciso do teu amor. Eu preciso do teu amor. Deus, me dê o seu amor” – Unchained Melody de Righteous Brothers.

Serkan sempre esteve ali, por perto, mesmo quando Eda não queria. Lá estava ele, observando-a de longe com seu olhar apaixonado. Quando a verdade esclareceu para Eda que Serkan a amava, a raiva da atitude que ele tomou, preencheu-a por dentro. A nossa florista, porém, não quis afastar-se de Serkan. Podia ter feito isso, mas escolheu o contrato.

Contrato que eu quero que seja queimado e mandado para o quinto dos infernos. Porque ele não tem propósito algum, a não ser afastar Serkan. Só que, quanto mais ela o mantém longe, mais perto ele fica. Todas as vezes que as regras do contrato são ressuscitadas por ela, Serkan faz questão de quebrá-las. Nada novo sob o sol da Turquia. Eda e Serkan não conseguem cumprir regra alguma entre eles.

Essa cena do vaso é a maior prova de que Eda não tinha motivo algum para continuar fingindo estar brava com Serkan. Não tinha. Ela amou aquele momento íntimo com Serkan. Ela adorou o carinho das mãos dele sobre a dela. Adorou como ele roçou a barba no seu ombro e pescoço. Tudo isso foi uma prova de que ele a ama mais do que pode dizer com palavras.

Diga lá, Tino: Sentiu? SENTIU DEMAAAAAAAAAAAAAAAIS!

Já que, pelo visto, nenhuma das declarações de amor desse homem tem surtido efeito. Eu sinto que ela ficou mais certa do que ele sentia, do que ela sentia por ele depois desse momento. Veja então, se eu não tenho motivos para ficar brava com nossa florista, com vontade de tacar um ramo de flores na cabeça dela? Serkan só falta pintar o sete dizendo que é loucamente apaixonado por ela. Isso nunca mudou.

“O que você está tentando fazer? Você está tentando me mata? (…) Não posso te tocar…não posso te abraçar, não posso te beijar.” (Episódio 12)

O que mais ela quer que Serkan Bolat faça? O que? Minha nossa, no primeiro beijo do elevador eu já tinha abraçado ele e beijando de volta. Diria, vamos juntos para nossa casa fazer filhinhos e cuidar do Sirius. Eu não tinha pensado mais, não tinha posto em dúvida o que ele sentia por mim. Eu não precisava de mais nada.

Serkan se gabou no episódio 10 que entendia tudo sobre mulheres. Sabemos que esse homem não só entende, mas sabe exatamente como deixar a mulher que ama no céu. Acho que a vontade de Serkan era relembrá-la de como era quando eles estavam juntos. Fazê-la sentir falta dele mais do que ela já estava sentindo.

Icônico. Atemporal. Rei aclamado da sedução.

Eda é uma mulher muito difícil e forte. Porque ninguém aguentou assistir essa cena sem pensar em mil e uma coisas. Ela, no entanto, fingiu costume e lidou com a situação plena. Só depois quando Balca perguntou como tinha sido, ela não soube o que responder. Ficou vermelha, azul, rosa, roxo e Serkan gaguejando explicou-se que eles se sujaram só um pouquinho. ATA!

Essa cena tem o mesmo cunho sexual da original do filme Ghost. A diferença é bem notória, porém. Eda e Serkan voltam ao trabalho enquanto Molly e Sam…bom, eles vão para o finalmente. Quem nos dera que Eda estivesse no seu modo apaixonada, disposta a tudo e qualquer coisa pelo homem que ama. Serkan não reclamaria de dar uma pausa no trabalho e ir para casa.

Acredito que Eda e Serkan se encaixam perfeitamente na cena de Ghost. Uma pena o local não ser o mais adequado, nem o país…. porém, sabemos que há em nosso casal toda a chama necessária para nos dar uma cena daquela de Ghost e até melhor. Aliás, quero que façam algo que eu fiz. Revejam a cena do filme e imaginem Eda e Serkan. Não precisa me agradecer depois.

Enfim, tudo que eu mais quero em Sen Çal Kapimi é que Eda volte a ser aquela mulher que faz e acontece. Quero ela indo atrás de Serkan na casa dele, se possível já de mala e cuia, para a minha felicidade. Quero ela andando de pantufas pela casa dele, colocando flores em todos os lugares.

Quero vê-los deitados no sofá de casa vendo filme. Acordando abraçados todos os dias e brigando por qualquer bobagem relacionado ao trabalho. Ela subindo as escadas batendo o pé e ele indo atrás dela suspirando e dizendo: Eda! Eda! Você pode me ouvir por favor?

Alguém traga de volta a mulher apaixonada e sem inibições pelo ruivo, por favor? Esse homem está explodindo de amor para dar. Louco para amá-la, para mostrar o quanto está disposto a fazê-la feliz. Minha nossa, eu não tenho mais palavras. Confesso estar nervosa com isso.

Eda Yildiz, amiga sua louca, volta para esse homem já! Para ontem!

Toc Toc, quem é? (Cena final)

Tão certo como o sol nasce todas as manhãs ninguém sabe o que aconteceu nessa cena final do episódio 22. Mas, eu vou logo dizendo que estou acreditando num milagre e pela primeira vez na vida estou torcendo por uma cena falsa em Dizi. Não sei se já disse aqui em algum momento, mas eu odeio cenas falsas, mas entendo elas como recurso na escrita e em roteiros.

Também já usei elas em histórias minhas. Mas em geral eu as odeio, então você pode me perguntar, por que eu as usei, então? Porque cenas falsas causam buzz. Elas tombam ao chão o leitor. Causam uma reação forte em quem está acompanhando a história.

Quem é essa aí, papai?

Agora, se essa cena entre Serkan e Eda for uma cena falsa. Salvamos Serkan do cancelamento novamente, mas se não for, não há panos suficiente para esse homem. Como assim Pizza? Como assim vela? Como assim deixar que uma pessoa desconhecida entre em sua residência se ele tinha certeza que Eda iria bater na porta dele naquela noite? Porém, aqui fica a minha maior indignação nessa cena, POR QUE O SIRIUS NÃO LATIU PARA A BALCA?

Sirius não passarei pano para ti também.

Brincadeiras à parte, falemos de algo sério. Se essa cena for real é a mais inconstante de toda a dizi. Como muita gente comentou no twitter, seria um erro de continuidade no personagem Serkan. Já que ele segue sendo uma pessoa saudável e sim, ainda, hipocondríaca. Pizza não é a primeira opção de alimentação para ele DE JEITO ALGUM.

Resumindo, eu estou me apegando a possibilidade de não haver esse erro grotesco. Mas se tiver, minha nossa, o que aconteceu com o roteiro desse episódio? Não seria só o Serkan que estaria sendo escrito de maneira desleixada nos momentos finais, mas Eda também.  

Já que ela demorou cinco vidas para aceitar ir à casa de Serkan nesse episódio. Não foi impulsiva quanto a isso, mas foi precipitada em aceitar Balca, sem investigá-la antes, sem dar ouvidos ao seu sexto sentido que atiçou para cima dela. No entanto, ela podemos passar um pano de leve, porque sabemos como ela é teimosa, orgulho e durona. Ela tem motivos para enrolar, mesmo que eu não aceite, na minha cabeça, que sejam justificativas. Mas confesso que ela tem o que defende-la.

MAS E O SERKAN?

Quer dizer a gente esperava de Serkan uma reação e ele teve outra. Sinceramente, eu espero que Eda, se essa cena for real, não jogue as pipocas para o alto e vá embora. Não, eu quero que ela fique e não se sinta ameaçada pela presença dessa mulher. Eda não fazia isso com Selin e sabemos que Selin era ex- de Serkan.

Eu quero que Eda se imponha e permaneça na casa, mostre à Balca que quem está sobrando ali é ela. Não o contrário. Se ela fizer isso, Balca sai de cena e ela pode questionar Serkan sobre o porquê da sirigaita estar na casa dele àquelas horas da noite. Talvez Eda não fique para a pipoca, mas pelo menos ela dá uma dura nele e abre os olhos com a Balca.

O que já seria muito bom.

Em suma, esse não foi um dos meus episódios favoritos. Acho que é a primeira vez que digo isso em minhas resenhas. Eu gosto de todos os episódios de Sen Çal Kapimi, mas esse foi o que eu não gostei. E não só pela cena final, mas porque eu não consegui engolir a enrolação da Eda. Não consegui. Eu acho que ela me irritou mais do que Serkan deixando a Balca entrar e pedindo pizza para os dois.

Sinceramente, esse não foi o meu episódio favorito. Mas não quer dizer que não tenha um desenrolar bom, ou não tenha cenas boas. Ele realmente tem, uma das minhas cenas favoritas da dizi é a do vaso, mas em compensação tem essa demora da Eda que, na minha opinião, não tem justificativa plausível. Foi birra continuar longe do homem que ama.

Foi birra infantil e isso me deixou chateada. Com vontade de entrar na série e dar umas voadoras na Eda. “Vai atrás do teu homem, Eda. Deixa de ser doida, mulher!”. Como bem foi dito durante todo o episódio e eu torno a dizer aqui: “Quando a pessoa é muito caprichosa, o amor passa”.

Se bem que estamos falando de Serkan Bolat, o amor dele não vai passar, mas as chances de se dizer isso, de se tomar posse desse amor, podem. Principalmente, se existirem urubus rodeando o jardim.

Beijos,

Até mais.

Ps. Tchau Selin. Tchau papai Bolat.

Agradecimentos:

ATB

Sen Çal Kapimi Br

Cineturquia_br

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5 comentários em “Sen Çal Kapimi – Resenha – Episódio 22

  1. EU ADOREI! VC FALOU TUDO ESTOU NA TORCIDA QUE SEJA UMA PESADELO DA EDA, EU NÃO TIVE CORAGEM DE VER O EPISÓDIO 22 AINDA, VI SÓ TWETTWR E INSTATRAGRAM ALGUMA CENA ESSA DO FINAL EU PULO. FIQUEI MUITO TRISTE O QUE FEZ SERKAN SER FOR REALIDADE NA SÉRIE. BEIJOS !

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  2. Você disse tudo, se a cena for real , a continuidade da personagem de Serkan ficará muitoooo comprometida. E realmente a Eda tá um pé no saco. Eu fico meio sem paciência, como boa ariana que sou, aliás quero registrar, que tenho certeza que Eda é ariana, inclusive por isso acho que a personagem tá perdendo o foco. A birra dela está passando de todos os limites. Arianos são teimosos, orgulhosos, mas não esticamos nosso ressentimento kkkkkkk
    Enfim, tomara que melhore, senão temo estabilidade da série. 👍👍😁😁😘😘😘

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  3. Ainda não vi o episódio porque já sei que não vou gostar! É mais para um não gostar gostando. Vou me irritar com a Eda, Tenho certeza. Por isso estou me segurando pra assistir aos dois episódios juntos. o 22 e o 23. Como sempre adorei a resenha. Beijos!!

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