Publicado em Estante de Doramas

First Love – Nada é capaz de deter um grande amor

Às vezes, temos a estranha sensação de que o tempo é o maior dos vilões. Ele une, mas também separa. Ele conserta, mas pode destruir. O tempo é um dos protagonistas de First Love. Drama japonês disponível na Netflix e que vi no último fim de semana.

Com apenas nove episódios, a história nos leva por vários anos na vida de dois personagens, Yae Noguchi e Harumichi Namiki. Intercalando o passado com o presente de maneira adorável, a trama nos surpreende capítulo após capítulo.

Incitando em nosso coração o desejo de saber o que aconteceu no passado de Yae e Harumichi. Como, um casal que se amava tanto, não está mais junto? E a resposta para esta pergunta é um tanto quanto controversa.

Essa é, provavelmente, a melhor história de amor que eu já assisti em formato de série. E a trama foi baseada em duas canções “First Love e “Hatsukoi” de Hikaru Utada.

Quem é o destino?

Você já deve ter escutado que o destino é uma sequência predestinada de eventos, que levam ao sucesso ou ao fracasso de algo em nossa vida. Para alguns o destino não pode ser alterado, para outros há uma forma de moldá-lo.

Em First Love o destino se revela uma isca, que nos faz decidir se iremos ou não, tomar a decisão que alterará a nossa história. Ao longo do drama contemplamos nossos personagens se deparando com esses momentos de virada.

Mesmo que pareçam ser decisões pequenas, elas se revelam com o decorrer da trama, decisões bastante significativas. Como a decisão de Harumichi tomar um rumo na vida, porque havia se apaixonado por uma moça decente.

Ou a Yae ter escolhido abdicar da guarda do filho para garantir a ele uma vida melhor, ao lado do pai, que tinha boas condições financeiras. A vida é marcada por esse tipo de experiencias, que são as fomentadores da felicidade ou da dor.

Yae e Harumichi em seu primeiro beijo. Foto: 58vanilla

Toda decisão é acompanhada de uma consequência. Porque nada é feito sem uma intenção por trás. Almejamos algo com as nossas ações. Algo deve nos impulsionar para seguir em frente.

E nossos protagonistas nos mostram essa faceta tão humana enquanto vivem um presente, que não foi planejado pelos dois no passado. Em suas cabeças jovens e despreocupadas, a vida era uma grande tela branca, onde eles desenhavam seus sonhos com canetas coloridas.

Yae sonhava ser comissária de bordo, amava aviões e aeroportos. Desejava estar em lugares distintos do globo, conhecendo novas culturas a cada pouso e decolagem. Por outro lado, temos o Harumichi que não tinha nenhuma ambição até conhecer a Yae.

Mas diferente de como planejaram suas vidas no passado, o futuro reservou aos dois um rumo totalmente inesperado. Yae se tornou taxista de Sopporo e Harumichi um agente de segurança.

O drama faz um jogo de narrativas conosco. Estamos assistindo o passado e o presente acontecendo ao mesmo tempo, através das lembranças de Harumichi e depois das lembranças de Yae.

A música First Love possui detalhes lindos desse casal, que com o tempo vamos entendendo e amando. É como uma caixinha de surpresas, conforme a trama avança novos presentes surgem diante dos nossos olhos.

“Nosso último beijo, tinha gosto de cigarro. Um gosto amargo. Por volta desta hora amanhã. Onde será que você estará? E em quem estará pensando? Você sempre será meu amor. Se algum dia eu me apaixonar de novo. Eu vou lembrar de amar, como você me ensinou”. Letra da canção First Love

Yae e Harumichi são um casal que temos o prazer de acompanhar a história de amor, que evolui por muitos lindos clichês, que recebem um novo significado. Ou melhor, o significado de sempre, mas é tão bonito presenciar o casal descobrindo o amor. Parece, até que o mundo inteiro é lindo e perfeito por causa deles.

Em First Love, Yae e Harumichi são um casal normal do fim do século passado. Eles foram ver Titanic dezenas de vezes. Fizeram promessas um para o outro. Escreviam em diários, mandavam cartas. Conversavam pelo telefone, só quando tinha área, porque naquela época sabíamos bem como funcionava.

Eles namoraram de forma inocente, sem o fogo no rabinho que hoje vemos com mais frequência nas relações entre jovens. Yae e Harumichi viveram um amor completamente surreal, mas ao mesmo tempo genuíno.

Não é como se não fosse possível de acontecer. Muito pelo contrário, o mais lindo desta história é que, foi criada de um modo, a combinar realidade com ficção. De uma maneira que pode realmente bugar a nossa cabeça.

Eu amo histórias desse tipo, que trazem a ficção para o mundo da realidade, porque eu escrevo histórias assim.

O destino é como uma rotatória que permite várias saídas para pontos distintos. Mas se você não souber o momento certo de entrar na via, capaz de ter que dar mais uma volta, ou seguir por outra rua e não aquela planejada.

A escolha errada

A maior pergunta que nos fazemos no primeiro episódio é porque eles não estão juntos? O que deu tão errado para que Yae e Harumichi tivessem a vida que tinham lá em 2018 – Ano em que a história começa no presente e depois avança até 2022.

Ele pediu a Yae em namoro no dia do aniversário dela, mas já gostava dela há um bom tempo. A gente só não sabia que era “muito” mais tempo do que o normal para um jovem da idade dele.

Preciso falar sobre o Harumichi antes de falar da reviravolta que separou o jovem casal. Ele era um rapaz com os piores antecedentes, mas como eu disse antes ele mudou por causa da Yae.

Preciso falar que Harumichi fez tudo em sua vida porque significava fazer pela Yae. Ele entrou nas forças armadas japonesas por causa dela. Ele se preparou para trabalhar com aviação, porque ela amava aviões e queria ser comissária de bordo. Ele serviu, mesmo sendo um trabalho pesado e difícil, porque isso significava que ele protegeria quem amava.

Ele passou toda a sua vida numa marcha lenta. Sem ir muito longe e nem ficar muito tempo parado em um só lugar. Ele tinha um relacionamento, mas não se enxergava tendo uma vida “eterna” com aquela pessoa.

Acho que quando ele raciocinou que deveria seguir em frente, o universo reservou a ele uma surpresa. Ele viu pela primeira vez em mais de 17 anos o seu primeiro amor. Yae Noguchi passou em seu taxi ao lado dele e desde aquele momento, Harumichi não parou mais de pensar nela.

Não que ele tenha em algum momento de sua vida, superado sua relação juvenil com a garota, mas é que ele agora podia, finalmente saber como ela estava. Imagina anos e anos sem ter a menor noção do que ela estava passando?

Foi lindo acompanha-lo em sua busca e todas as coincidências, que os levaram para perto um do outro. No entanto, foi um choque quando eles se viram pela primeira vez em tantos anos, porque Yae não foi capaz de reconhece-lo.

“Cada momento é uma peça insubstituível da nossa vida. Mas e se você perder uma peça importante?” Episódio 2

Harumichi foi servir nas forças armadas e Yae entrou na faculdade. Eles se separam por algum fisicamente, mas não emocionalmente. Quando se encontraram pela primeira vez em tantos meses, as coisas não saíram como planejado.

Taisei Kido e Rikako Yagi interpretam os personagens na adolescência. Foto: Pinterest

Yae e Harumichi tiveram uma discussão boba, que teria sido resolvida ainda naquela mesma noite. Porque eles tinham esse coração quebrantado e sempre disposto a amar apesar de tudo. Mas Yae sofreu um acidente de transito e teve uma lesão séria na cabeça.

Essa lesão a fez perder toda a memória recente e até de alguns anos antes. Os médicos disseram que ela poderia recobrar as lembranças se estivesse exposta a estímulos, mas nada era garantido.

Aqui entra a parte mais revoltante de First Love. A mãe de Yae ao saber o diagnóstico da filha, motivada por um desejo egoísta e até cruel. Afastou deliberadamente Harumichi de sua filha. Ela não lembrava que sequer um dia o havia namorado, então, de acordo com a mente daquela mãe, era melhor continuar assim.

Ele aceitou porque realmente o que poderia fazer? A mãe se colocou como um muro diante dele e Harumichi se sentia parcialmente responsável pelo acidente dela. Se eles não tivessem discutido, ela nunca teria sofrido o acidente.

Quantas coisas não passaram na mente daquele jovem rapaz ainda tão inexperiente na vida? Harumichi voltou ao serviço militar para continuar sua formação, quando voltou de lá. Agora já bem profissionalmente, ele se vê diante de uma descoberta aterradora.

A sua namorada, agora estava noiva e grávida de um outro cara. Yae não lembrava que era apaixonada por Harumichi, mas todo mundo naquela cidadezinha sabia.

O mais doloroso é que a mãe dela tinha noção de tudo que ele tinha feito pela Yae, mas ocultou a verdade da filha. Por acreditar que o futuro marido e pai do filho dela, era o cara certo.

Ele era médico formado, veio de boa família e tinha dinheiro. Era gentil e dizia amar a Yae. Amou tanto que a engravidou logo, coisa que a mesma mãe havia proibido o Harumichi de fazer. Amou tanto que em pouco tempo transformou a vida da esposa num inferno.

Veja a incoerência dessa mãe, tudo bem Yae ter um filho sem casar, desde que o pai seja um cara rico. Mas seria um crime se fosse um rapaz como Harumichi, que veio de família humilde assim como eles.

Yae teve seu filho Tsuzuru, mas foi terrivelmente infeliz ao lado de um marido, que sim, dava a ela conforto financeiro e até mesmo estabilidade social. Mas era um completo banana e fazia tudo que sua mãe inescrupulosa queria. Ele também foi um nojento ao tratar como um capacho, aquela que antes ele dizia amar.

A maior prova que o Karma existe é que, cansada de ter que passar humilhações, Yae confronta a sogra jogando todas as verdades que estiveram presas em sua garganta. O mais interessante é que ela só fez isso porque a sogra foi preconceituosa com a mãe de Yae.

Portanto, a filha se separou do marido “perfeito”, entre tantos motivos, pelo fato de sua mãe ter sido ofendida. Então, essa mesma mãe que fez uma escolha leviana ao atrapalhar a felicidade da filha. Teve que ver com os próprios olhos, a filha voltar para casa com uma criança no regaço.

Takeru Sato e Hikari Mitsushima protagonistas de First Love. Foto: Pinterest

Teve de contemplar a filha trabalhar igual um burro de carga para conseguir dar conta de todas as necessidades de sua criança. Já que não iria dar a guarda de Tsuzuru para o pai.

Yae penou depois do divórcio, porque o marido não facilitava as coisas. Mas a criança era o seu motivo para seguir adiante de cabeça erguida. Só de pensar em quanto ela trabalhou loucamente para conseguir segurar as pontas.

Dói nosso coração, porque ela não passaria por nada disso, se tivesse permanecido com Harumichi. Eu tenho certeza, sem duvidar por nenhum momento, que Harumichi seria o melhor marido e pai do mundo. Tendo ou não tendo dinheiro para arcar com um lar, ele seria um marido que seguraria todas as pontas.

Sem deixar que ela se sobrecarregasse com absolutamente nada.

Harumichi é do tipo protetor, que mata e morre por quem ama. Ele nunca deixaria a Yae derramar uma lágrima por causa dele. Jamais a trairia, nem mesmo em sonho. Até com a sogra, seria ele um bom genro. Compraria para a idosa uma cartela de malboro e prometeria à ela mais um neto em menos de dois anos.

Esse é o Harumichi que a mãe de Yae julgou sem conhecer. No último episódio também conhecemos esse rapaz mais profundamente, porque não foi o harumichi adulto que nos deixou de queixo caído. Mas o jovem do ensino médio que descobriu o seu primeiro amor em um trem.

Amor Resiliente

Você esperaria por um grande amor?

Em dias como hoje o tempo gerencia a vida humana. A pressa têm colocado muitos em esgotamento físico e mental. A ideia de First Love mostra um homem, que simplesmente, esperou por sua amada.

Não uma espera comum, de quando uma pessoa viaja e depois volta. O amor de Harumichi estava ao alcance de suas mãos, mas muito distante de seu coração.

Numa das cenas mais tocantes de First Love, ele termina seu relacionamento de anos com sua namorada. Um término dolorido, por conta do tempo investido naquela relação. Sofrido porque ele sabia que iria machucar a namorada, coisa que ele, realmente não queria.

E ao mesmo tempo, era um término necessário para os dois. Ela precisava ter alguém do lado que a amasse, da mesma forma, que ele, Harumichi amava a Yae. Gostei de ver que houve um momento nessa longa relação, que o casal esteve a ponto de se separar.

E se eles nunca tivessem se separado? Foto: Pinterest

Mas o Tsunami de 2011 que deixou o Japão um caos, fez com que o casal que de certa forma, se sentiu afetado pelo evento. Encontrasse um motivo a mais para permanecer junto. Uma amiga minha sugeriu, que nesse momento, Harumichi, entendeu a efemeridade da vida.

Passar anos correndo atrás de um fantasma não valeria a pena. Funcionou por um bom tempo essa tentativa de felicidade com outra pessoa. Mas o amor por Yae seguia renascendo todas as manhãs. Até o dia que ele a viu novamente, seu grande amor da infância parecia ser empurrada para ele.

Yae não lembrava de Harumichi, portanto viveu sua vida como se ele nunca tivesse existido. Uma vida em que ela amou um cara que a decepcionou, mas esse cara deu a ela um filho, que ela ama incondicionalmente.

Yae, portanto, está solteira quando encontra o Harumichi. Solteira e sem intenção alguma de se relacionar com alguém.

Sem saber que ele possui alguém em sua vida, Yae se deixar levar por uma súbita paixão. Harumichi é um cara maravilhoso, ajudou o filho dela e consertou a máquina de lavar, para que ela não fosse mais à lavanderia.

Protetor, prestativo e educado. Meio largadão, de cabelos esvoaçantes, olhar bobo e sorriso de moleque. Tudo o que havia feito à Yae adolescente amar o Harumichi adolescente estava naquele homem adulto diante dela.

 Yae amou Harumichi novamente, mesmo sem saber que eles tiveram uma história juntos. Continuou amando-o, mesmo sabendo que estava noivo. Amou-o em segredo, engolindo o sentimento para dentro da alma, porque nunca faria o que um dia fizeram com ela. Jamais destruiria uma relação.

Até que um dia, ele não foi ao encontro que haviam marcado para comer a comida favorita dele. Mas de longe através da janela a observou, e ouviu pelo telefone a declaração de amor de Yae.

Uma declaração, por sinal, muito bonita e carregada de profunda emoção. Olha o quão curioso é a vida, que predestinou de tal forma a relação deles, que mesmo anos depois, mesmo ela não recordando de nada que viveram. Ela ainda assim o amou.

Apesar de saber que ela o amava, Harumichi não teve forças para ir ao encontro dela. Ele foi embora. Eu sei que vai parecer covardia da parte dele, afinal foram anos na expectativa de ouvir da boca de Yae novamente o “eu te amo”.

Ela o amava agora, mas não lembrava de tudo que viveram juntos. Como construir uma vida ao lado dela, se havia coisas que só ele sabia? Ele teria que mentir? Mentiras não combinam com o amor. Ele foi embora, sem saber que ela ouviria a música “First Love” no antigo discman dele

Então, todas as lembranças voltariam como num piscar de olhos. O homem que ela amava hoje, era o homem que ela amou primeiro na vida. Imagina a loucura que não ficou a cabeça dessa mulher? As lembranças voltaram e junto com elas a realidade de tudo que ela viveu longe de Harumichi.

O que mais me deixa impactada é que tudo começa com duas canções. Foto: Pinterest

Me perguntei por que ela não foi atrás dele de imediato, porque não falou que havia lembrado. Minha nossa, que aflição! Então, finalmente somos agraciados com a leitura da carta do Harumichi adolescente.

Descobrimos que aquele jovem rapaz fez das tripas coração por Yae. Moveu os céus, a terra e mais um pedacinho do universo para ser tudo o que ela merecia. Acho que Yae não foi antes ao encontro dele, ou não falou antes, porque talvez ainda não se sentisse nem metade do que ele era.

Por isso, nos minutos finais do episódio vemos uma mulher se reencontrando na vida. As memórias deram à Yae um motivo à mais para ser feliz.

Infelizmente, a pandemia proporcionou momentos aflitivos de espera. Os planos de Yae foram atrasados, mas acho que o tempo fez bem. A espera foi boa, porque ensinou muita coisa. Até mesmo para nós.

Estamos acostumados com as pessoas acelerando processos. No filme de uma hora e meia. O trem chega em três segundos. O voo de 13h, chega em cinco. As cenas sempre são ligeiras, dando uma sensação falsa de que na vida real tudo também se resolve de forma simples.

First Love é um drama que trabalha o tempo muito bem. Quando a expectativa pelo reencontro das almas gêmeas chega na porta. O clímax é quebrado para que possamos ter uma reflexão.

Por que tudo nesse mundo tem que ser feito na pressa?

Yae foi para à Islândia atrás do homem que ela ama. Cruzou uma estrada gelada até encontra-lo. Antes que o voo dele partisse para mais um destino, ela o interceptou dizendo aquilo que ele tanto esperou ouvir.

“Harumichi, você foi meu primeiro amor”.

A vida deles se encaixaram depois desse reencontro. Então, os sonhos de ambos se tornam realidade. Ele pilota os aviões onde ela é a comissária de bordo.

Termino esse artigo me questionando se a mãe de Yae não tivesse interferido, talvez a filha tivesse lembrado com mais facilidade. Talvez, ainda sem recordar, ela se apaixonaria por Harumichi novamente.

Talvez ela fosse viajar para outro país, se formaria em seus estudos e a relação com o Harumichi fosse ainda mais forte. Talvez eles tivessem casado e tido um filho ou até mais de um.

Quem sabe eles teriam sido mais felizes do que foram.

Apesar disso, não consigo ver como se os anos longe foram perdidos, os anos foram vividos. Quase tudo na vida passa pela nossa capacidade de escolha, mas existe alguns momentos que alguém irá decidir por nós.

Que a gente possa ter ao nosso lado pessoas que pensem em nós com carinho. E que possamos sempre pensar no outro com amor. As vezes, nós teremos um papel fundamental na decisão de uma pessoa.

É necessário ser responsável e altruísta. É necessário enxergar o todo e não apenas o nosso umbigo. Se a mãe de Yae tivesse pensado assim, tudo seria diferente, mas também não se pode de todo culpa-la.

Quem sabe o futuro? Se algo vai dar certo ou não. As nossas experiencias de vida contam, mas não podem nortear todas as nossas decisões. O mundo é grande e diverso em possibilidades. Sempre somos surpreendidos.

Tem coisas que a gente faz apostando e rezando para dar certo. E outras que acontecem sem a nossa intervenção. É a mágica do destino.

Espero que tenham gostado do texto! Me contem nos comentários o que acharam do drama First Love.

Até o próximo artigo!

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