Publicado em Novelas Turcas:

Yargi – Resenha – Episódio 12 e 13

Olá,

A palavra reviravolta simplesmente tomou um outro significado quando eu comecei a ver Yargi. Eu nunca vi tanta virada de mesa como eu vi nessa dizi. Sema, a dona autora dessa obra prima, acorda todo dia de manhã e pensa “O que eu posso fazer para surpreender o publico no episódio de hoje?”

Ela pensa e sai com cada coisa genial, que nem mesmo o mais atento telespectador poderia imaginar. Ela pega o impensável e põe diante dos nossos olhos. Hoje vamos falar de dois viciantes episódios dessa dizi. Dois episódios que eu assisti enlouquecida de tanta emoção.

Não há cena ruim em Yargi. Não há um personagem que a gente queira jogar no fogo. Se você olhar para a dizi como um todo, ela é simplesmente perfeita.

Vamos lá!

O divórcio em stand-by

Eu quero começar essa resenha falando do episódio 12 e de como o sentimento de nosso casal foi abalado, de forma inesperada. Não deu tempo de se amar. Não deu tempo de se beijar. Não deu tempo de ser feliz. Não deu tempo de começar. Engin, tirou de Ceylin e Ilgaz a oportunidade de ser o que eles queriam em segredo.

Ceylin tinha muitas barreiras dentro do próprio coração e quebrou todas elas ao confessar seu sentimento amoroso pelo promotor. Na resenha passada vimos que ela não conseguia discernir que a flor de lótus tinha um significado de superação, para ela a única informação que valia era que a flor de lotus não tinha raiz.

Quero trazer aqui para vocês duas falas, uma de Ceylin e outra de Ilgaz, mas do episódio passado. Quando ela confessou seus sentimentos.

“É a primeira vez que fico com raiva de mim mesma porque fugi. Normalmente num penso depois que vou embora, mas agora está tudo diferente. Se eu for, volto para o mesmo lugar. Você acha que tudo o que passa pela sua mente não passa pela minha? Você não acreditaria como eu lutei para me conter.” Episódio 11

Sabe, quando leio uma declaração dessa meu coração se enche de uma alegria enorme. Porque eu sei que o amor que ela sente por ele é mais forte do que qualquer coisa que possa acontecer futuramente. Você sabe que eu me refiro ao Zafer.

😦

O amor é um jardim e como cantou Victor e Léo “Borboletas sempre voltam e o seu jardim sou eu”. Ceylin é foge do amor, de uma vida de entrega amorosa como o cascão foge do chuveiro. Espero que tenha entendido a referência aqui. Ceylin não é uma mulher sem experiencia nessa área, na verdade, ela tem um passado. Foi corna.

E uma mulher que foi corna e seguiu a vida, como ela segue, minha gente. Essa mulher é o próprio significado de poder. Ceylin é muito forte, mas não nascemos para ser solitários. Ainda que haja alguns tantos que assim preferem viver. A gente nasceu com sentimentos que precisam ser, de alguma forma, alimentados.

Ceylin é uma pessoa quente, amorosa e de alto astral. Ela é cheia de vida. É um sol, mas não se enxerga assim. Ela acha, que por ser muito intensa, pode acabar machucando quem ama. Então, ela não é escuridão. Ela é sol. É estrela brilhante. Ainda me pergunto por que ela se enxerga como escuridão? Onde que ser assim, como ela é, significa algo ruim?

Seria porque Ilgaz é um homem correto e se meteu em confusão por causa dela? Afinal, eles se casaram porque ele estava tentando impedir que ela perdesse sua licença de advogada. Mas Ceylin sabia que essa não era sua única falha, haviam outras. Estando com Ilgaz, talvez, ele se complicasse ainda mais, não é?

Que demonstração linda de amor, Ceylin. Ir para que o outro não se machuque, ir para protege-lo. Mas como ir embora, se o coração bate acelerado para ficar? Ela tomou a decisão de estar com ele. Morrendo de medo de dar errado, mas achou melhor ficar. Foi corajosa para caramba! Ceylin se declarou primeiro, tão abertamente buscou o beijo que selaria essa união de forma definitiva.

Eles são tão bons juntos. Uma dupla incrível!

Mas Ilgaz e aqui vem a fala dele que eu comentei no início. Ilgaz tinha um segredo que ele não podia mais guardar. Um segredo que iria separá-la dele definitivamente. Enquanto o coração dela saltitava de emoção por estar dizendo tudo que sentia, ele se desesperava por saber que o amor era recíproco, mas que ele a perderia antes mesmo de tê-la em seus braços.

“Agora estou louco para beijar você. Eu estou morrendo para te abraçar e dormir com você, sabe? Mas eu não posso. Você vai ficar muito brava comigo depois do que eu te contar.” Episódio 11

Ilgaz é um homem excepcional. Até agora, porque a gente tem que ser cautelosa quando falamos de macho turco, porque uma hora eles nos decepcionam. Mas aqui, Ilgaz foi tão perfeito em descrever seus sentimentos. Ele foi muito direto ao ponto. Ele não rodeou. Ele foi sincero. Nu. Cru.

Ele disse que a queria como sua mulher. Você tem noção disso? Ela foi com a declaração e ele veio com a lua de mel. Ela disse eu te amo e ele eu quero fazer amor com você. Já pensou? Ilgaz é o freio do carro da Ceylin. Ele é o único que consegue viver dentro da tempestade dos sentimentos mais loucos dessa mulher.

Como eles fazem bem um para o outro, não é? Ela é intensa. Ele é um interruptor. Ele liga e desliga essa intensidade, com um olhar, um gesto, uma palavra. Ceylin se abriu apenas para um homem. Ela se entregou a ele. Só tem um que a conhece como nenhum outro. Esse homem é Ilgaz Kaya. Seu marido.

Quando Ceylin descobriu a verdade sobre o motivo de seu pai ter ido preso. Ela foi imediatamente conversar com Metin. Os dois ficaram em silêncio enquanto ela falava. E ela falou, falou e falou. Abriu seu coração. Deu lição de moral e finalizou ameaçando que iria contar tudo. Que se ele não confessasse, ela iria abrir investigação.

No fim, e isso eu achei tão extraordinário da parte dela, Ceylin perguntou a Ilgaz se Engin o havia ameaçado com essa informação. Ele afirmou que sim, e ela caiu em si de que se ele não tivesse sido ameaçado, talvez nunca contasse. Sabe, eu consigo entender a dor dela.

Que dor!

Ela ficou confusa com o que ela achava que era a conduta do promotor. Ele era uma pessoa correta, como poderia ter mentido assim? Por qual motivo ele tinha sido tão “cruel” em ocultar tão informação? Eis a resposta:

“Você acha que eu não sou louco por você? Eu não consegui nem me conter para manter você. Eu fiquei em silêncio. Sim, não podia dizer. Porque você já teve problemas e sofrimentos o suficiente. Achei que nossos caminhos seguiriam caminhos separados depois de encontrarmos o assassino. Então, quando os dias passaram você ficou presa na minha alma. Você invadiu a minha mente e meu coração. Eu não podia aceitar. Não podia aceitar que eu poderia perder você.” Episódio 12

Nosso querido promotor Pars já falou umas quantas vezes que as pessoas por amor fazem coisas estupidas. Eis a do nosso Ilgaz diante de nossos olhos. Não contar sobre o que o pai dele tinha feito ao pai de Ceylin, foi um ato egoísta desesperado de um homem apaixonado que não queria aceitar que a esposa de mentirinha poderia ir embora se soubesse.

Ficou de lado o promotor, o agente da lei e da justiça. Ficou de lado todos seus sentimentos nobres de decência e ética. Dane-se o mundo, ele queria essa mulher. Ele a amava tanto que poderia ser um “canalha” e esconder essa verdade dela por toda a vida se necessário. Por amor, a gente faz coisa que até os lá debaixo dúvida.

O amor nos dá coragem de ser aquilo que nunca pensamos na vida ser. Olha, o que o Ilgaz fez? Olha, o quanto ele se abriu para ela? O cara que dizia que não podia impedir ninguém de ir embora, agora dizia para a esposa que não fosse, que não o deixasse. Eu estou falando do amor deles dois, porque esse amor está sendo trabalhado de forma tranquila dentro do enredo.

Não adianta querer que eles se beijem, nhanhem, tenham filhos e tal. Essa não é uma dizi de romance romântico. É um drama policial. Tem muito mais coisa em jogo aqui do que se Ceylin e Ilgaz irão ficar juntos no final. Eu me pergunto se estamos prontos para acompanhar uma história que pode ter um romance, mas que ele não necessariamente é o foco principal.

Tem muita coisa acontecendo em Yargi e nós temos o privilégio de assistir uma trama tão rica, que não tem um personagem cuja história não é valiosa diante dos olhos do telespectador. É como se a história estivesse sendo costurada, entende? Todos os pontos que estão sendo feitos, estão conectando os personagens uns aos outros.

Eles tem b.o.s mais importantes para responder…acho que o amor é um bonus.

Portanto, ainda que o romance de Ilgaz e Ceylin esteja se arrastando, é compreensível toda a lenga-lenga. Estamos falando aqui de um casal que está dentro do olho de um furacão. Não tem tempo para pensar em romance, eles tem um assassino que os está ameaçando. Eles precisam que a justiça seja feita.

O romance de Ceylin e Ilgaz é algo muito importante pro enredo, porque as coisas que os separam são muito grandes, mas o amor deles é ainda maior. E é por causa desse amor, que a gente pode ter esperança de que, quando o pior bater na porta deles, os dois irão continuar juntos. Ainda que a lógica diga que não, o coração dirá sempre que sim.

Zafer esquecido no churrasco

Esse corpo vai aparecer no pior momento possível. Eu tenho certeza. No episódio 12. As suspeitas de quem acreditava que Zafer estava morto mesmo, se confirmaram. O bicho está falecido a sete palmos de chão. Enterrado no meio do mato por um dos amigos de Çinar, a mando de Engin.

Mana, você tem noção que quando a morte de Zafer vier a tona, isso vai destruir o casal por completo. Vai virar divórcio real oficial. Porque a Ceylin não vai descansar até pôr Metin e Çinar na cadeia. Afinal, um matou e o outro ocultou o cadáver. Minha gente, só um milagre pode salvar essa família. A gente pensava e se Zafer tiver vivo alivia tudo.

A pessoa que melhor soube usar o Zafer falecido hahahahah. Esse cara é doido.

Mas ele está bem morto e enterrado. Nem mesmo o grande Merden Kaya conseguiu descobrir onde estava o corpo do falecido. É minha gente, quando essa bomba explodir o caos que isso vai gerar é sem precedentes. Estou curiosa para saber como a autora vai desenrolar esse falecido. Porque o Zafer morto é uma pedra enorme no enredo, não tem como se resolver um problema desses senão com muitos episódios.

É um drama muito sensível, muito nu e cru. Só o tempo faz as pessoas deixarem suas emoções mais fortes para entender o contexto, que levaram as pessoas a tomarem as atitudes que elas tomaram. Zafer tentou matar o Çinar, gente. Tentou matar, ele é o criminoso nessa história. A gente viu o que ele ia fazer. O Çinar é inocente, foi legitima defesa. Quer dizer, ele não chamou socorro, o pai dele ocultou o cadáver, dai roubaram o cadáver dele e quem roubou foi o Engin. MAS… o Çinar não é tão culpado assim.

Sei lá.

Quem deterá Engin?

Não é somente Ceylin e Ilgaz que estão penando. Todo mundo está segurando as pontas para não deixar a bomba explodir. Eu disse que todos os outros personagens são incríveis em Yargi, não é? Veja, Metin e Çinar estão só o pó da rabiola por conta da morte de Zafer, os dois não sabem o que fazer.

Agora, o que me surpreendeu foi a bomba de Pars e Neva. Como abalou a estrutura dela ter sido ameaçada com aquilo que ela havia feito. Neva se desesperou de tal forma que atentou contra a própria vida. Minha gente, eu fiquei em choque vendo o surto que ela teve.

Eu amo dois psicopatas.

O Engin não é de Deus, gente. Esse macho é o satanás enrustido num cara semicareca. Ele pegou as falhas desse povo e expôs de um jeito tão brutal que fez, até gente boa, fazer doidice. Como o Eren que quase matou o Engin de tanta pancada. Ou a Parla que se entupiu de remédio e quase morreu numa tentativa de suicídio.

Gente, duas pessoas dessas vítimas do Engin tentaram se matar, você tem noção? Esse homem ele é o mal em forma humana. Ele mexeu com o juízo de várias pessoas ao ponto delas desalinharem os chacras. Não, e o pior foi que ele fez com sua própria tia. Seda entrou na jogada e foi a mais manipulada de todas as pessoas dentro do origami. Eu fiquei com a minha cara no chão, mulher.

Seda só entendeu o alcance de suas ações, tarde demais. Mas quem tá na lama tem que se sujar.

Nesse episódio 12, Seda ainda alheia à tramoia do Engin seguia o protocolo de se manter firme e inabalável diante de todas as pessoas. Até o tal do horário das 18h. Nem mesmo Ceylin expondo que sua atitude em defende-lo era deplorável, conseguiu tirá-la de dentro desse esquema firmado com Engin.

“Este homem matou minha irmã. Como você pode fazer isso? Você sempre não esteve com a vítima? Você não apoiava a causa de violência contra as mulheres? O que aconteceu com essa Seda?” Episódio 12

Mas Pars é um gênio da malandragem e eles descobriram que havia um celular na cama de Engin. Esse celular foi usado como desculpa para controlar a marionete de Engin do lado de fora da prisão, que era a Seda. Pars corria contra o tempo para impedir que a reputação de sua irmã fosse jogada na lama.

Não só ele. Todos corriam contra o relógio.

Eren se encontrou com a ex e exigiu que ambos contassem a verdade sobre a real paternidade de Tugce. Sem saber que o agressor Fatih estava espiando de longe. Nós conseguimos ver que Ozlem sofre nesse casamento, mas não se separa do filho duma égua nem a pau.

O pobre do Eren salvando a Ozlem de morrer e ainda sendo massacrado pela filha. Como se o culpado de tudo fosse ele. Que situação!

Eu gostei de ver que ao mesmo tempo, tudo começou a piorar para todo mundo dentro do enredo, de forma quase espiritual. Por exemplo, Neva vai para a prisão atrás de Engin. Eren corre para salvar Ozlem de ser agredida até a morte pelo marido agressor filho de chocadeira.

Ilgaz e Ceylin tentam salvar a garota da mãe louca. Parla tenta suicídio. Yekta sugere a Engin uma fuga. Tudo está acontecendo de forma a induzir que “O acusado vai tirar vantagem da suspeita.”

Uma bomba em cima da outra. Trás ação em cima de ação. O que torna duas horas de episódio em uma coisa tão prazerosa que você não vê o tempo passar. Como pode, me digam, que Engin consiga tanta coisa numa fração de horas? Quem está ajudando ele no caso do livro? Quem envenenou as páginas?

É humanamente impossível que uma pessoa planeje algo dessa magnitude, que envolva tantas pessoas, em pouco tempo. Sem que haja um grupo de pessoas te ajudando. Ele planejou isso com muita antecedência ou está contando com a ajuda de alguém de ilimitado de recursos.

Mano, o que o Engin fez com a Parla, minha nossa!

Engin enganou todo mundo, machucou todos que pôde e esteve ao seu alcance, machucar. Agora ele joga a mais ousada trama. Ele se envenena de propósito e põe sua tia no alvo da polícia. Enquanto segue com sua sonsice para conseguir sair da prisão, e escapar-se para sabe-se Deus onde. Esse cara é um gênio para o lado ruim da força, mas um gênio.

O drama de Seda

Eu disse resenha passada que eu tinha me apaixonado pela personagem da Seda. A tia advogada de Engin que decidiu defende-lo, ou melhor ajuda-lo a fazer o caos da bubônica. Se meteu numa confusão extraordinária, afinal, Engin a manipulou, assim como fez com tudo mundo, que aparentemente eram seus desafetos.

Eu shippei

e sigo shippando.

Quando a Seda apareceu na história, ela foi introduzida como alguém inescrupuloso, capaz de tudo para conseguir o que quer, não é? Pois bem, eis que tudo não passava de uma capa. Afinal, toda pessoa durona tem um tendão de Aquiles. Antes de se entrar numa guerra é preciso salvaguardar todas as nossas áreas mais sensíveis. Se não fizermos isso, somos um alvo fácil.

“Você adotou uma órfã, deu a ela uma casa e a mandou para a escola. Você deu a ela seu sobrenome. Muito fofa! Grande realização. Se você não se acalmar, essa garota vai ser deixada sozinha de novo. Eu vou machucá-la.” Episódio 13

O mais legal é que a gente descobre no episódio 13, que a nossa querida Seda, na verdade, tem uma filha adotiva e que ela é seu ponto fraco. Mais do que isso, ela tem um bom coração. Pessoas boas geralmente não conseguem seguir pelo caminho das trevas, porque tem consciência, ética e brios. Seda, teve um episódio inteiro para raciocinar que estava do lado errado do jogo.

Ela foi encurralada de todos os lados. Não tinha para onde correr, a pobre da mulher. Minha nossa, o Engin foi um filha da mãe com a única pessoa que o ajudou. Tudo bem ela fez por interesse, mas ainda assim. Ela fez…quer dizer, que filho da mãe. Pois bem, Seda levou o farelo o episódio inteiro. Foi acusada de ter envenenado o livro.

Mano, esse velho é um personagem coringa poderosissimo.

Ela tinha todo o direito de dizer na cara do sobrinho que tudo que fizeram foi errado. Ela tinha, porque ele não é de todo ruim. Ela contribuiu para fazer as malvadezas? Sim, mas eu acho que ver o sofrimento dela em quase duas horas de episódio me ajudou a ter empatia.

“Machucamos tantas pessoas. Alguém o fez. Qual é a diferença? Eles nos odeiam. Você foi envenenado, eu fui ameaçada. Todo mundo parece que quer cuspir na minha cara. Eles oraram para que você morresse. Tenha certeza disso. Em que nos metemos? Ninguém deveria se machucar. Uma menina quase morreu por nossa causa. A família dela está num estado terrível. Você mentiu para mim. Eu confiei em você. Fiz tudo o que você disse.” Episódio 13

Achei que foi muito corajoso da parte dela de deixar tudo para trás, confiante de que não seria implicada. Ainda que eu ache que isso vá acontecer de alguma maneira. Afinal, esse cara é muito esperto. Assim como seu pai, que fingiu muito bem o babado de pai sofrido porque o filho foi vítima de uma tentativa de assassinato.

Tem uma coisa que eu sei muito bem, que Yekta é um cara que eu não posso confiar nunca. Ele tem duas caras. Ele é inescrupuloso. Não tem medo de nada. Está disposto a tudo para se manter onde está. Só alguém muito mais astucioso que ele consegue vencê-lo. E essa pessoa não é Ceylin, ainda que ela queira ser. Não que Ceylin não seja inteligente o suficiente.

Eu amo eles. Eu amo todos os personagens dessa dizi, menos o Zafer.

Acho que pelos modos corretos não tem como derrubar Yekta, só alguém muito esperto do lado ruim da força. Entende? O que nos leva a outra coisa, e aqui eu deixo claro que ainda não vi o episódio 14. Não sei exatamente como cada coisa se desenrolou, está bem? Vou comentar só o que vi aqui no 13. Engin e Yekta tem uma conversa muito falsa um com o outro. Engin choramingando e Yekta dizendo que vai tirar o filho de lá do hospital.

O pai do ano

Então, eu me pergunto quem está usando quem? Já que os dois são excelentes mentirosos? Eu vi a cena olhando para eles e dizendo “Que diacho de psicopatas são esses? Rapaz, eu não acredito em vocês não.” Realmente eu não tinha que acreditar. Eles armaram uma fuga, mas infelizmente Ceylin, de forma inteligente, sacou tudo. Para a nossa tristeza, a Ceylin percebeu tudo.

Mas antes de falar sobre isso, vamos conversar sobre uma das cenas de Ilgaz e Ceylin que tornaram o episódio 13, um dos mais memoráveis.

Jantar + Conchinha = Casal perfeito

Enquanto Engin lutava pela vida. Nosso casal saia para comer e discutir sobre quem havia tentado matar o capeta. Achei chique que eles trataram de assuntos de trabalho como se fosse, tipo a gente falando de novela. Rapaz, isso é uma tentativa de homicídio, não é amores?

Meu casal de porres.

Mas eu acho que quem trabalha, com crimes, leis e o escambau a quatro. Meio que lidam com essas conversas e assuntos mais pesados com normalidade, não? Eles comiam, bebiam e deliberavam “Será que Pars foi quem envenenou as páginas?”. Eu creio que essa conversa deles foi como se uma tentativa de fazer os dois criarem na nossa cabeça uma sede de encontrar a verdade também.

Mas também ajudou o Ilgaz a tirar uma caraminhola de sua cabeça. Ele finalmente pôde perguntar sobre Çuneyt. O Ex-gato da Ceylin. Acho que ele queria desvendar se havia ainda alguma coisa entre eles. Algum sentimento da parte dela, por isso colocou ele como suspeito e esperou para ouvir o que ela diria:

“Além disso, Çuneyt é uma pessoa séria, não daqueles que escondem algo. Mas não sabemos o que ele tem dentro. Então, você precisa investigar ele.” Episódio 13

No fim das contas, eles chegaram a conclusão de quem poderia ter feito tudo só poderia ser o Yekta, mas como provar isso? Eles deixaram para decidir o que fazer depois e como um bom casalzinho porre, pegaram um taxi para a casa da Ceylin. Bêbados sim, ajuizados também.

DO NADA ISSO AQUI? TIPO COMO ASSIM? NÃO VAI PRESTAR.

Porque ela não ia ficar na casa do Ilgaz, ela tinha se separado dele no dia anterior, não é? Pois bem. Ilgaz, que é um incrível homem e um apaixonado marido. Decidiu que ficaria na casa com ela, para espera-la dormir, não é mana?

Mas a Ceylin que tem um fogo inexplicável, quer dizer, tem até como explicar já viram o marido dela? Que marido! Até eu ia querer que ele dormisse de conchinha comigo. Ah, uma das cenas mais lindas desse casal sem dúvida alguma. Ceylin e Ilgaz dormiram abraçados a noite toda. Uma pena, uma pena mesmo, que a Ceylin menosprezou o momento.

Ainda bem que o Ilgaz é esperto e sabe que a patroa é osso duro de roer. Ela fez de conta que não foi nada, “só dormiram juntos”, mas os dois sabem que foi incrível. A gente não merece esse par de sonsos. Merece sim, essa série é ótima. Obrigada por tudo dona autora, a senhora é uma especialista no slow burn. A senhora vai queimando a gente pode dentro devagar que é para gente não sentir que tá doendo muito. Icônica e atemporal.

“Prometo que vou atender logo, não vou te deixar esperando. Mas se eu não atender, saiba que algo aconteceu comigo.” Episódio 13

Nossa que conchinha gostosa iti malia.

Por falar em doer, minha nossa senhora das misericórdias. Eles tem quase uma ligação espiritual porque o Ilgaz percebeu na hora o que poderia acontecer quando percebeu que quem armou o envenenamento foi o Engin. Mas já era tarde demais para impedir que o pior acontecesse, Ceylin já tinha sido precipitada. De novo.

Numa cena antológica, digna dos melhores filmes policiais que envolvem assassinos psicopatas. Ceylin encontra Engin nos corredores do hospital. Ele está assoviando a melodia de uma canção, que remete ao passado de ambos. Isso ativa em Ceylin a memória do que ela havia vivido com esse seu ex-amigo.

Menina, é de arrepiar. Que cenão! Essa dizi vale cada hora que a gente dedica a ela. Extraordinário!

A dupla Ilgaz e Pars

Um inimigo comum é capaz de unir adversários de décadas. Pondo de lado suas rixas internas, Pars e Ilgaz se uniram mais uma vez. Cada um com seu propósito. Ilgaz para defender sua garota e Pars a sua irmã. Quando Pars chega à conclusão de que Seda, a dona do livro envenenado, não foi mais que um bode expiatório. Ele correu para contar suas suspeitas e duvidas para Ilgaz.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA EU AMO ELES

Eu gosto de ver que os dois promotores são muito espertos e confiam em seus julgamentos das pessoas. Então, Pars tira de rota a Seda e o Yekta, por conta de seu julgamento em relação as atitudes de ambos. Ilgaz acredita na opinião do colega, tirando esses dois suspeitos da jogada e fazendo um questionamento que muda o jogo nos últimos minutos do episódio. Leia o trecho do diálogo dos dois:

“O próprio Engin poderia ter feito isso?”

“Bem, não. O que mais? Ele queria morrer, mas falhou?”

“Mas ele conseguiu sair da prisão. E se for um plano de fuga?” Episódio 13

O mais legal dessa cena é que tem um zoom no rosto dos dois, enquanto cai a ficha de que tudo não passou de um plano de Engin para fugir. Parece um drama de novela, sabe? Eu achei tudo. Quem dera que realmente eles tivessem chegado a tempo. Infelizmente, nada impediu Engin de fugir. A única pessoa mais perto e que poderia ter tido uma reação que realmente ajudasse. Era a Ceylin, mas o que a nossa morena aloprada fez?

Um momento que arrepia os pelos

de você sabe onde.

Tentou fazer tudo sozinha. Podia ter chamado a polícia que estava ali do lado de fora do banheiro. Podia ter avisado para as pessoas no hospital. Podia ter furado o pneu do carro. Podia ter tirado as chaves da ignição. Podia ter emboscado o Engin e quando ele aparecesse, dava com um pau na cabeça dele.

TANTA COISA PODERIA TER SIDO FEITA E QUE EVITARIA O QUE ACONTECEU COM ELA A SEGUIR.

Mesmo que pareça absurdo o fato dela ter decidido entrar no carro, gente. Pelo histórico da personagem, a gente sabe que a reação dela seria essa e não tem como a gente nem mesmo condenar essa garota. É o que Ceylin Kaya faria. Ela não é só advogada, ela se sente uma agente da justiça. Ela acredita que tem algum tipo de super poder.

Como disse a frase de começo do episódio 13 “Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas” – Confúcio. Acho que a Ceylin agiu de forma impensada e irresponsável nesse momento. Ela se colocou dentro do carro com um assassino. Meu Deus, a loucura que foi isso. Mas tudo bem, se ela não tivesse feito isso talvez, a história não tomasse um novo e inesperado rumo. Para nossa total admiração da autora dessa trama sensacional.

Ceylin, mulher do céu!

Como se não bastasse tudo que a nossa patroa está vivendo ainda tem esse assassinato misterioso em suas costas e para manter o suspense de quem ainda não viu o episódio 14. Quem será que a Ceylin matou? Será mesmo que ela matou? Vamos ver na resenha do episódio 14.

Até mais!

Agradecimentos:

Yargibrasil

Atb

Cineturquia_br

Romancesturcos

Mturcos

Emanetes_br

A cena mais importante do episódio. Amei como eles tiveram o cuidado de tratar essa cena com a seriedade que pedia. Não tinha nem trilha sonora no fundo. Eram apenas mãe e filha conversando. Minha nossa! Obrigada, Yargi por tratar a série como alguém além de entretenimento. Como algo social. Quantas dizis mostram suicídio como algo que vem de pessoas desequilibradas ou que são vilões. Veja, o caso da Parla é totalmente diferente, eu achei muito sensível como eles trataram o que houve com ela. Muito mesmo!