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HALKA – Resenha do 1° Episódio

Olá,

Hoje o blog mergulhará numa análise preliminar da série turca Halka – O Círculo – Não se trata do reality show, nem do filme da Emma Watson. É uma série de mafiosos, mais uma, eu sei. A Turquia ultimamente está arregaçando as mangas para histórias desse tipo.

Halka é produzida pela dona TRT1. O roteiro fica por conta de Selim Bener, Ali Demirel, Meryem Diri e Aziz Tuna (info: Imdb). É estrelada por Serkan Çayoglu, Hande Erçel e Kaan Yildirim.

Essa dizi é um drama policial. Não é o meu gênero favorito, mas nada contra. Como uma boa fuxiqueira e dizizeira que sou, eis me aqui fazendo essa resenha e posso adiantar, para quem não curte muito essa vibe, até que eu não me chateei muito. 😛

O primeiro episódio se chama “Cihangir e Kaan”. Cihangir é o meme todinho do aleluia arrepiei. Kaan o que tenho a ver? Mentira até que vai!

Vamos lá!

O que é Halka?

Halka é um nome forte para dizi, e fácil, para nós povo do ocidente que de enxeridos nos metemos no mundo turco. Halka é o nome da organização criminosa chique do submundo de Ankara, capital da Turquia. Eu digo chique porque lembra, como quase todas as histórias de mafiosos, a elegância dos filmes antigos de hollywood sobre eles.

Os bandidos mafiosos sempre são bonitões. Homens ricos de vida fácil e tranquila. Nem parecem que matam com um estalar de dedos. Eu acho impressionante isso, eles fingem bem ser homens de negócios. Porém, Halka como uma autêntica organização tem todo um mistério sobre ela e sobre os acontecimentos que a envolvem.

O primeiro episódio não fornece muitas informações de como ela funciona. Mas mostra ao público o maior incidente que ocorreu dentro dela e que de certa forma abalou as estruturas dos seus membros.

Halka tem um símbolo de anéis entrelaçados, que mostra a união e eternidade dos círculos sem fim. Como se, no momento em que você entrasse nesse mundo, não pudesse mais sair.

O enredo

A história começa com o assassinato de Eren Karabulut numa emboscada, até aqui nada novo sob o sol das tramas policiais. Porém, essa morte teve desdobramentos inesperados, pistas soltas que não ajudaram a elucidar o caso.

Até que um dia o chefe de polícia acordou dizendo “Quer saber acho que vou reabrir o caso do Eren Karabulut”. Fez uma reunião, e como um bom policial que é, apresenta a missão para sua equipe e de quebra para o público.

Ele descasca a história toda para nós.

Eu particularmente não gostei disso. Eu queria descobrir no decorrer do episódio. Queria pensar, tentar desvendar o que Kaan e o Cihangir tinham em comum. Quando as informações chegam mastigadas a gente não se interessa tanto. Eu pelo menos, tive que ver duas vezes o episódio.

A primeira eu larguei nos 25 minutos porque não estava chamando a minha atenção. Na segunda, eu disse que ia tentar de novo e desempaquei. Mas não vou dizer que foi algo prazeroso e envolvente.

Meu problema foi o episódio não começar com tudo ou com os personagens principais. Por exemplo, sabe em que minuto aparece o protagonista gato de Halka? 20:41 segundos. Passam vinte minutos para que a gente finalmente o veja. Eu me pergunto por que não começou com Cihangir e mostrou o Kaan só depois? Cihangir é mais importante que o Kaan dentro do enredo mostrado? Não. Os dois estão em pé de igualdade na trama que os envolve.

Mas, se você vende uma história com um, você não começa com o outro. Eu fiquei vinte minutos assim “Cadê o Serkan Cayoglu? Cadê a Hande Erçel?” Os dois só aparecem depois de uma longa explicação do passado para entender o presente.

Eu acho que podiam ter começado com a cena onde os dois protagonistas se encontram e podiam terminar com as cenas do início, sendo cenas do passado. Quem viu ou verá Halka após essa resenha vai entender o que eu disse. Começou lento e informativo demais para o meu gosto.

Porém, é uma questão de preferencias. Não levem isso como algo tão negativo. Eu prefiro histórias começando com bomba. Mas há quem prefira explicar tim-tim por tim-tim de como a bomba foi implantada antes de explodi-la.

Cihangir

Ele é o protagonista masculino. Um homem que parece estar o episódio inteiro mais morto do que vivo. Sim, ele tem um sério problema de saúde. Sofre de insônia e fadiga crônica. Ele se recusa terminantemente a dormir. Vive bebendo energético para dar conta de se manter em pé com um corpo que clama por descanso.

Cihangir é o filho de Ilhan Tepeli, um dos supostos envolvidos na morte de Eren Karubulut. Ele é o herdeiro do homem e cuida dos negócios de dia e de noite. Um morcego bonito, eu diria. Ele tem uma namorada chamada Irem que passa o episódio brigando com ele para que aceite sua doença e tente se curar. Volte a ser o homem que ele era antes.

Vou dizer, Cihangir parece uma pessoa sem forças suficientes para estar no meio dos mafiosos. Ele não tem cara de que aguentar uma vida inteira entre ameaças, mortes, tiros e negociações para se manter no topo.

Cihangir está cansado, coitado. Cansado de trabalhar para seu pai, para que ele continue rico com o bumbum no trono. Ele está cansado da missão de ser o filho que honra as calças que veste. Ele está cansado de resolver todos os B.O.s

Numa reunião com o pai, após solucionar mais um problema que envolvia os negócios da família. O pai de Cihangir diz ao filho: “Pensam que a guerra está na rua e termina na mesa de negociações. Quando, a verdadeira guerra está acontecendo na mesa.”

A guerra está rolando tem tempo, o passado moldou o futuro de forma irreversível e tem alguém disposto a fazer com que a verdade atinja como uma bomba todos os envolvidos na morte de Eren.

A bomba veio por meio de um dvd entregue tanto para Cihangir como para Kaan. As únicas pessoas que podem fazer a diferença e punir os verdadeiros culpados.

Kaan

Nessa mesma conversa entre pai e filho é revelado a nós a suspeita de Ilhan Tepeli sobre alguém estar infiltrado entre eles. Mal sabiam que isso aconteceria em breve por meio de Kaan: “Existem ratos nos barcos. Você deve agitá-lo. Você tem que sacudi-lo. Não diga não farei isso, ou não o farás. O comércio significa agitar. Você o sacudirá. Quem sabe, talvez, este rato te leve ao navio, de repente.”

Kaan Karabulut é o filho de Eren. Ele esteva na cadeia quando recebeu o “mesmo” dvd que Cihangir recebeu. A polícia interceptou o conteúdo e começou os trabalhos para tentar pegar no pulo os assassinos de Eren Karabulut. Para isso precisariam da ajuda de Kaan. Em troca da liberdade, o rapaz aceita se tornar espião dentro do clã Tepeli. Concorda se aproximar do suposto assassino do pai e de seu filho Cihangir.

O que dizer sobre Kaan? Ele é um jovem rebelde, esperto e habilidoso. Tem um lado cômico e vive flertando com a policial responsável por ficar de olho nele. Acho que vai rolar um love entre os dois. Meu lado fanfiqueira nunca falha no pressentimento de ship.

Mudje

Por falar em ship. Digo, com todas as letras, que o primeiro episódio de Halka só ficou interessante de verdade com a entrada da Mudje. É um fato, você vai concordar comigo quando ver as cenas dela, que foram super rápidas, mas significativas.

O Cihangir sozinho não está carregando nem o próprio corpo, imagina um episódio inteiro! Não, ele está mais morto que vivo lembra? Mas quando ele descobre que Mudje é filha do rival de seu pai, o debochado Iskender Akay. Ele passa a agir com todos os neurônios para usar essa conexão em seu favor.

O problema é que Mudje não é do tipo fácil de domar. A mulher é filha de mafioso e a gente sabe que filho de mafioso aprende a usar arma antes de andar. Como a gente diz aqui no Pará, Mudje é passada na casca do alho. Ela entende das coisas e ri na cara da morte, dizendo para vir depois, que ela está ocupada agora.

Ela só aparece em 5% do episódio. Olha o desperdício! Mas quando ela surge nos proporciona uma das melhores sequências de cenas. Acredito que o envolvimento dela no babado com o jogador de futebol não foi por acaso. Foi de propósito, mas como eu só vi o primeiro episódio. Ainda não posso afirmar.

Mudje é engraçada, mas ao mesmo tempo, muito sexy e perigosa. Ela abriu a boca para dizer “Papai, não vou voltar para casa!” e Cihangir sentiu que o chão sumiu sob os pés dele. Sentiu o bafo da morte soprar em seus ouvidos. Todos tem medo de alguma coisa, ela disse. Cihangir, certamente, tremeu nas bases com a quão escorregadia é essa tal de Mudje Akay.

Vale a pena?

A história é interessante, mas como eu falei antes, ela começa de maneira lenta. Talvez nos próximos episódios o ritmo melhore. Mas fique de sobreaviso que a emoção mesmo está reservada aos minutos finais.

Se você, assim como eu, foi na ideia de que verá muitas cenas de Mudje e Cihangir. Saiba que não há muitas. Eu fiquei muito para baixo quando vi que a Mudje brilha e se desvanece em mais de 2h30 do primeiro episódio. Porém, as cenas que tiveram foram boas o suficiente para nos animar para as próximas.

Mudje e Cihangir tem muito potencial.

Vou dar uma nota de 6/10 para esse primeiro episódio, só para ele não ficar com nota vermelha na avaliação final. HAHAH Brincadeiras à parte, a trama é muito interessante e se você ama o gênero policial, vai ficar ainda mais animado para maratonar Halka e saber oque vai acontecer com esses personagens.

Principalmente depois da cena final. Que aliás só não foi melhor porque eles contaram tudo desde o início. Então, a gente já esperava o que iria acontecer. Para mim, se não é um final impactante, que nos faz saltar da cadeira, se não for algo que o público não pode prever, então, não é gancho.

Halka tem um primeiro episódio interessante, mas com um final previsível demais. Termina com aquela sensação de “Sim, e daí o que eu tenho a ver com isso?”. Para terminar essa resenha vou deixar vocês com uma frase que definitivamente tem relação com as decisões de Cihangir e Kaan na reta final do episódio:

“O homem é o arquiteto do próprio destino”. E se ele arquiteta bem as coisas, pode salvar a própria pele de uma grande armadilha.

Até semana que vem com mais uma resenha divertida de “Primeiros Episódios de Dizi”. Eu posso até não conseguir ver todas a dizi em tempo hábil para fazer análises mais profundas. Porém, ao menos, o primeiro episódio eu posso ver e trazer conteúdo das minhas e das suas dizis favoritas aqui no blog.

Então, mandem sugestões nos comentários. De repente, uma das suas dizis favoritas aparecem aqui.

Beijos,

Ps. O toque de celular do Cihangir parece trilha sonora de filme de suspense. Credo! Troca isso, meu filho.

Para mais informações sobre Halka e outras dizis, sigam o perfil no Instagram do

@equipeworldturquiabr

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