Olá,
Eu não estava com saudades de passar horas escrevendo sobre Emanet. Não estava com saudades de analisar cinco horas de dizi semanalmente. Eu não estava com saudades de quebrar a cabeça tentando entender a nossa tão amada autora. Eu não…ESTAVA SIM! QUE INICIO DE TEMPORADA, POVO!
Por isso, sem muita enrolação vamos aos destaques e as emoções desses cinco primeiros episódios da segunda temporada.
Vamos lá!
O tiro foi real
Na resenha final do último episódio da primeira temporada eu fiz o que? Falei que o tiro tinha sido real. Eu expliquei por que tinha sido real. Fiz a última live comentando a primeira temporada dizendo que foi real. Eu passei três meses dizendo que foi real, encarando Emanet sob essa perspectiva. Então, quando o primeiro teaser surgiu, o segundo e o terceiro confirmando a veracidade do tiro.
Eu celebrei muito e passei a pensar que isso não seria uma coisa simples de ser desenrolada na dizi. Afinal, Seher era agora uma quase homicida. Ela atirou no homem que ela ama, mas também no assassino de sua irmã. Ela fez tudo por Yusuf, mas também por sua irmã. Ela nunca mais seria a mesma depois disso.
Então, o episódio 206 nos deu uma finalização adequada para aquele enredo dramático do 205. A história começou do ponto onde terminou. Seher fugindo com Yusuf aterrorizada com o que tinha acabado de fazer. E eu aqui começo a minha advocacia pela nossa morena dos olhos verdes.
Eu acho que deu para perceber, mas Seher ainda ama muito Yaman e ela não é uma assassina. Não é. Logo depois de atirar em Yaman, sua consciência pesou uma tonelada. Seu peito ardeu de arrependimento. Então, ela ligou para o samu ir buscar o macho que estava estirado no chão.
Se não bastasse isso. Ela ainda rezou por ele quando soube que seu estado de saúde era crítico.
“Meu Senhor, você salve-o também. Perdoe-o por seu sobrinho. Se alguma coisa ruim acontecer com ele…se algo ruim acontecer com ele, não poderei viver com esse remorso. Não coloque esse fardo pesado sobre mim. Por Yusuf. Por meu anjo inocente, salve-o.” Episódio 206
Seher deve ter algum crédito com Deus, porque Yaman morreria naquela sala de cirurgia se ela não tivesse rezado. Lembram que a trama também tem uma vibe religiosa, não é? Então, vamos calçar os sapatos do papai do céu e imaginar como para ele deve ser difícil resolver os casos dos mortais.
Imagine, ele ter que atender a oração de uma mulher que atirou no marido, que mentiu dizendo que tinha matado a irmã dela. Imagine ter que salvar alguém que mentiu ao invés de encarar a verdade de frente? Yaman teve uma segunda chance de ouro e ele ainda pediu no 207 um sinal para Deus. Amado, o sinal é o senhor vivo para resolver a égua do ranço da loucura que tu fizeste.
Ele voltou dos mortos praticamente e longe de sua esposa e sobrinho, foi como se ainda estivesse entre eles. Não comeu, não bebeu, talvez nem tenha dormido. Típico do Yaman Kirimli, não é mesmo? Sempre quando acontece algum problema. A ansiedade ataca nesse macho e ele não dorme, não come, não vive.
Mesmo depois de recuperar-se de todo seu período pós-tiro. Ele vegetava em frente as lembranças de sua mulher e sobrinho. O coração dele estava mais ferido do que a carne que foi perfurada por um ferro. Não, Yaman estava só a tristeza, o pó da rabiola, o esterco seco do cavalo.
Yaman estava tão esfomeado que estava tendo constantes alucinações. Via a esposa e o sobrinho em todos os lugares. Ele se alegrava para no minuto seguinte entrar em uma grande e desesperadora tristeza. Mas se engana quem pensou que seria pelo tiro.
Yaman Kirimli fez o que esperávamos dele. Pegou a bala e a guardou de lembrança. Sofreu mais com a ausência da mulher que o odiava, que com o fato dela ter atirado nele para matá-lo. Se Seher acerta o outro lado do peito, Yaman não teria sequer tempo de dizer a Nedim que escondesse a arma. Sim, até isso ele fez.
Ele teria visto Jesus mais cedo e Seher nunca seria feliz em sua vida. Ela morreria de remorso. Nunca mais seus olhos poderiam ver as estrelas. Ela jamais conseguiria ter outra pessoa em sua vida. Ela iria bancar a masoquista e dizer a si mesma que não merecia ser feliz porque havia matado uma pessoa. Não, corrigindo, matado a pessoa que ela amava.
Seher rezou por Yaman e ele ocultou sua “assassina” da polícia um mês inteiro. Protegeu-a e eu quero trazer aqui as próprias palavras de Yaman para vocês.
“Sim, ela puxou o gatilho. Ela atirou em mim! Mas eu a matei. Eu! Ela não é culpada. Eu disse a ela para fazer isso. Eu disse para atirar em mim se quiser ir. Eu a pressionei a isso. (…) Porque ela é minha família. É tudo. ” Episódio 207
Se o próprio Yaman não enxerga erro nenhum na atitude da Seher, ele, o baleado por ela, eu não verei. Eu e você, que estamos assistindo a história de forma tridimensional. Ou seja, Seher não tem noção nenhuma de que o homem não é o assassino de sua irmã. Ela não sabe a verdade e está agindo segundo aquilo que ela conhece.
Yaman, o homem que ela ama, que ela não consegue esquecer. O homem por quem rezou para que Deus o salvasse apesar de tudo. Esse homem que sempre aparece em sua mente. Esse homem cuja aliança de ouro ela não conseguiu jogar fora no mar. Esse homem….é o assassino da sua irmã.
“Maldito seja você! Eu vou me livrar de você. Desse amor porque já foi. Por que? Por que? Por que eu não consigo me livrar de você, por que? O que me liga a você?” Episódio 207
Assim como Yaman agiu de forma impulsiva, descontrolada e louca quando achou que tinha um par de chifre na cabeça na época dolorida do dossiê. Assim como Yaman machucou Seher naquela época, destroçando seu coração. Seher fez o mesmo com ele, a diferença é que a dor foi física e emocional. A diferença é que ela “morreu” junto com ele naquele tiro.
que vai fazer da vida dele um inferno? Amada, se preserve.
Yaman disse que a matou naquela hora. Ele realmente fez isso figurativamente falando. Seher do episódio 206 é uma pessoa desnorteada, tentando se salvar de tudo e todos. Correndo riscos que não foram pensados por Yaman, quando ele entregou a arma para ela. Está bem, ele morre e aí? Como ela iria ficar, cacete? Ela o amava. Como ela iria conviver com a dor de ser a algoz do homem que ela amava?
Isso o Yaman não pensou. Por esse motivo baba Arif disse que Yaman construiu uma montanha entre ele e Seher. A montanha é a mentira. A única forma de atravessá-la é usando a ferramenta da verdade. A Seher está impossibilitada, por princípios inerentes ao ser humano correto e de bom coração, a voltar com Yaman. Ninguém pode continuar vivendo ao lado do assassino de sua irmã, da mãe de seu sobrinho.
Ninguém.
Se Yaman quer viver com sua mulher, quer tê-la em seus braços como antes. Quer ouvir dos lábios dela aquelas palavras tão lindas escritas naquela carta encontrada no quarto. Ele tem que esclarecer que não foi ele que matou. Não tem como a Seher voltar para ele sem saber a verdade.
“Algumas palavras nascem no coração de uma pessoa, antes mesmo de saírem de sua boca. É assim que é o seu nome para mim. Yaman…quando falo o seu nome é como se o mundo inteiro estivesse sendo puxado debaixo dos meus pés. Esse tipo de amor é forte o suficiente para me deixar sem fôlego e puxar o mundo debaixo dos meus pés. É por isso que não posso dizer. Mas estou escrevendo a primeira vez aqui. Devidamente. Yaman.” Episódio 207
Essa carta nos mostrou o quanto a Seher o amava e a explicação do porque Seher quase morria a cada aproximação de seu marido. É porque ela o amava demais, a presença dele era desconcertante. Tirava-lhe o ar dos pulmões. Ah, Seher, a gente viu como a senhora ficava. Assim como estamos vendo o seu sofrimento agora.
Por que ela não consegue se livrar do anel? Qual é o laço que ainda os une? Será Yusuf apenas ou o amor que há entre os dois? Um amor que é como uma plantinha tentando sobreviver em meio ao calor do deserto. O amor deles é isso que os une. Não é mais legado Yusuf. Agora é ela primeiro, Yusuf depois.
Era isso que tinha que acontecer. Não é mais só um, são os dois. Já era. Eles já se amam e você não tem como reverter um processo como esse. O amor não volta atrás. Não deixa de existir da noite para o dia, mas não feito de ferro. É como a música “quanto tempo o coração leva para saber que o sinônimo de amar é sofrer?”
Entre o ódio e o amor
Eu vou de novo dizer aqui: Seher ama Yaman. E digo mais, ela ama ele para caramba. Ela é arreada dos quatro pneus. Seher ama muito Yaman, tanto que também perdoou a pataquada da época do dossiê. Qual a chance de que ela o perdoe por essa doidice de mentira? Se isso não for o bastante para deixar claro o amor de Seher por Yaman. Basta dizer que ela se entregou ao amor com aquele que havia sido seu algoz inúmeras vezes.
Como assim se entregar se não aconteceu o acontecido? Calma, pode não ter rolado o halvet, mas eu acredito que não precisa disso para a pessoa ficar apaixonada. Se bem que eles estavam muito perto de estrear a cama como se deve. No episódio 186 os dois estavam chamegados de um jeito… que eu não duvido de nada.
Yaman, se eu fosse tu apelava pra isso. Acho que vai dar certo.
Eu aprendi a acreditar que com Sehyam tudo é possível. A Seher não deu um tiro no Yaman? Onde que raios eu ia prever uma coisa dessa vendo Emanet? Veja, Seher é tão apaixonada que escreveu uma carta para ele dizendo o quanto amava o nome dele. Um “Yaman”, que ele leu como se fosse de forma suspirada, derretida, completamente enamorada.
Seher se apaixonou por Yaman de tal modo que custou a ela acreditar que ele havia mesmo matado a sua irmã. Yaman só convenceu Seher depois de muitas tentativas, de muita grosseria, porém, até nos últimos momentos antes do tiro. Seher ainda pediu que ele desse um motivo para ela ficar. O único motivo possível era que fosse mentira.
Yaman disse que a amava, o que era a maior verdade de sua vida. Porém, o amor não trabalha com a mentira. São água e óleo. Não tem como você criar uma mentira como essa e esperar que o amor faça tudo por si só. Ah, mas o amor não resolve tudo? Sim, mas deste que haja sinceridade. Não se cura feridas ignorando a existência delas.
Eles se amam e muito. São como aquela música do Vander Lee “Românticos são poucos, românticos são loucos desvairados. Que querem ser o outro, que pensam que o outro é o paraíso”. Se tirarmos toda a toxicidade de SehYam, vai sobrar um amor tão lindo, mas tão lindo que nos faria chorar igual bezerros desmamados.
“Não importa o quanto você me odeie, há uma parte de você que não me esquece?” Episódio 208
Então, vamos fazer essa distinção agora. Para que a gente possa entender a tempestade que habita o coração de Seher. Primeiro falemos um pouco mais do amor deles. Das coisas boas. Yaman cavou uma cova e tirou a Seher de lá de dentro. AH, MAS VOCÊ REALMENTE PENSOU QUE EU NÃO IA MENCIONAR MINHA CENA FAVORITA? PENSOU ERRADO.
Não, mas eu tenho um motivo para isso. Até aquele momento, Seher não sabia do que Yaman era capaz de fazer por ela. Ela achava que ele a deixaria morrer nas mãos dos bandidos. Yaman não só pediu desculpas àquele homem para salvá-la, como a retirou de sete palmos de terra com as mãos. Ali, entre os dois, foi criada uma grande confiança e intimidade.
Com o decorrer da dizi isso foi aumentando. Não parecia esquisito a vocês, como ele sempre estava pendente dela? Cuidando dela como se fosse sua esposa de verdade? Lembro de uma cena logo depois da Seher sair do hospital. No fim da trama do Ozan, que ela precisou tirar o respirador e Yaman ajudou-a.
Ele ficou a noite toda olhando-a, os dois, na verdade. O tempo foi passando e a intimidade entre eles cresceu, mas chegou em seu ápice depois da trama do dossiê em que eles admitiram seu amor e decidiram vive-lo. Sem história de formalidade. Nada disso. Agora eles eram um casal de verdade.
Quer dizer, faltou fazer amor, mas isso foi impedimento do enredo. Foi feito de propósito. E se realmente o halvet não aconteceu na primeira temporada é porque será nessa segunda. Eles finalmente farão amor, minhas caras. Eles vão entender o real sentido de intimidade quando isso acontecer e como resolver metade de seus problemas.
Aliás, como prova de que o halvet diário vai resolver quase tudo, é que se seguirmos a lógica de Yemin. Reyhan e Emir foram muito felizes depois que eles nhanharam pela segunda vez – já que nessa trama eles já tinham estreado a cama desde o começo. Foi o período mais longevo da felicidade marital desses dois. Acontecia os problemas e eles lá juntinhos. Lembro que nessa época, Reyhan foi até presa, menina. Mesmo na cadeia os dois lá apaixonados.
Então, Seher e Yaman depois do halvet não vai ter para ninguém. Isso, claro, se a dona autora seguir essa linha. Emanet tem muito de parecido com suas antecessoras, mas também muito de imprevisível também. Por ser uma história que envolve máfia e bandidos. A trama é mais lá embaixo. A desgraça é quase na beira do inferno mesmo.
Por isso eu trago essa parte boa para acalmar esse seu coraçãozinho ansioso. Essa possibilidade pode te dar esperança num futuro menos caótico para nosso casal? Então, se agarre nela porque eu já estou aqui agarrada com as pernas e os braços. Volto a dizer eles se amam. Eles se amam muito, mas um deles é um belo de um idiota. Vamos falar agora do ódio que existe entre eles.
Pegue sua máscara anti-radiação. Há riscos altíssimos de você desenvolver, não sei, um terceiro olho. Talvez até seus dez dedos do pé arranjem um irmão só de ler os próximos parágrafos. Depois não diga que não avisei.
Seher e Yaman são uma casal turbulento. Eles são um péssimo exemplo de casal. Eles são o significado de Chernobyl todinha. Yaman é um marido 8/80. Ou ele é muito Yorkshire ou ele é Pittbul. Não tem um bethoven no meio. Ele não consegue ser mediano. Ou é muito cadelo ou é lobo rangendo os dentes.
O problema de Yaman está nessa incapacidade de dosar sua fúria e sua força. Ele resolve tudo na violência e do jeito dele. Não consegue ouvir conselhos, nem a voz da razão. É emotivo por essência. Leva um soco e dá outro de volta. Sempre foi assim e ainda é assim. Levou um tiro no peito da mulher que amava, mudou a camisa, mas ainda é o mesmo cara impulsivo e teimoso que não entende que a culpa de tudo é dele.
Porque foi um precipitado. Porque moveu céus e terra, e todos os caras do submundo para achar sua esposa e sobrinho, mas não considerou que talvez seu irmão não fosse o assassino de Kevser. E não moveu nem uma palha para provar o contrário do que seu irmão em crise psicótica disse.
Seher ele iria colocar uma montanha entre os dois? ODIO
Eu tenho engasgado na garganta essa burrice do Yaman. Portanto, reforço minha posição em estar ao lado de Seher nessa briga. Pego os meu panos para passar para ela. Mas calma, que eu passo pano, mas de um jeito diferenciado. Eu defendo, mas dando lapada também. Igual mãe que dá surupapos no filhos, mas para o seu bem.
Seher desde que descobriu que o macho que ela estava a fim, simplesmente matou a sua irmã. Ela pirou. Não, ela literalmente perdeu o juízo. Ela tem feito leseira em cima de leseira. Eu falo mesmo. A garota depois do tiro passou uma noite inteira desnorteada. Indo para algum lugar que ela nem sequer sabia onde. Correndo perigo com uma criança inocente ao seu lado.
Queria proteger Yusuf de um tio que havia matado a mãe dele, mas de um tio que o menino amava também. Então, arrancar Yusuf da presença de Yaman de uma maneira tão brusca machucou o menino de forma absurda. Ela não pensou nisso. Ela só queria ir embora. Ela não pensou muito nas consequências de seus atos para o garoto. Não era tudo por Yusuf?
Não era o lema dela e o de Yaman? Então, por que Cacildes os dois não pensaram no pobre do menino quando tomaram as suas decisões precipitadas? Eu disse isso nas resenhas finas da primeira temporada de Emanet. Eu amo meu irmão, mas se eu tivesse numa situação de dificuldade em que teria que escolher entre meu filho e ele, eu escolheria meu filho.
Yaman escolheu seu irmão e perdeu a mulher que ama e o sobrinho que o ama como a um pai. Tudo de uma vez. Então, ele ficou com a conta negativa, salva um e perde dois. A mentira é uma coisa ruim. Veja o quão tenebrosa ela foi na vida de Yaman! Ele salva o irmão, pessoa essa que estava completamente fora de si e assumi um fardo que não lhe compete.
Vocês já pararam para pensar em como teria sido o cenário da dizi, se Yaman tivesse contado para Seher o que ouviu da boca do irmão? Eu já e milhares de vezes. Eu consigo imaginar Seher dizendo para Yaman:
“Ele não pode ter feito isso. Ziya abi é incapaz, Yaman. Deve ter sido Ikbal, ela já tentou acabar comigo antes, por que ela não faria isso? Ela trocou os remédios dele, talvez ela o tenha feito fazer isso. Não Ziya abi não é o assassino de minha irmã.”
Consigo imaginar ela dizendo não somente isso, mas indo confrontar Ziya e ouvindo dele as palavras. Consigo vê-las desesperada perguntando “por que?”. Consigo ver ela ainda ouvindo ele dizer e não acreditando. Vejo ela sofrendo como Yaman sofreu com essa revelação, mas vejo ele do lado dela. Se sentindo mal por tudo, pensando até que ela irá deixar de amar ele por conta disso, mas Seher ao invés de se afastar se abraça a ele.
GENTE, A VERDADE SEMPRE É MELHOR QUE A MENTIRA.
Yaman não quis encarar a verdade e abraçou a mentira como se fosse a única opção. O medo o levou a uma decisão que matou seu relacionamento, criou um buraco no coração inocente e puro de sua amada. A fez cometer erros que ela nunca cometeria se ele não a tivesse colocado sob pressão.
“Mas agora eu entendo. Eu não posso fugir. E Yusuf não importa o que eu faça é tão doloroso ver um pedaço dele faltando. Não só dele. Eu não sei como vamos viver juntos novamente, mas acho melhor voltar” Episódio 209
Quando ela diz essas palavras, ela diz para tentar enrolar Yaman. Mas essas palavras são mais do que verdadeiras. A gente sabe disso porque vimos ela discutindo consigo mesma na beira do mar. Dizendo que não entendia por que ainda pensava nele, por que não conseguia se livrar do anel. Também está faltando uma parte dela, seu coração está despedaçado.
Tanto prova que essas não foram palavras vãs que Seher no fim do episódio 210, que Seher pegou o carrinho e foi para a mansão Kirimli. Voltou para lá não por Yusuf, como chegamos a cogitar, não porque a polícia iria descobrir o que ela fez.
Não, ela voltou para se vingar. Voltou também porque sabia que Yaman não ia sossegar a bunda na mansão, sem estar um dia sim e outro também na casa dela perto de Yusuf. Então, ela entendeu que não podia se livrar dele, afinal ele a conhecia como a palma enorme de suas mãos.
“Eu te conheço o suficiente para saber que você não desiste facilmente”. Episódio 209
Yaman não mentiu. Seher em algum momento desistiu do legado no começo da primeira temporada? Não. Ela desistiu de Yaman quando ele inventou que ia voltar a ser o ogro mafioso de gangue? Não. Ela desistiu de continuar na mansão e casada com Yaman no período do dossiê? Não. Ela pediu o divórcio para essa mula depois de saber que ele matou a sua irmã? Não.
Ela parou de perguntar qual era a surpresa de lua de mel que ele tinha preparado? Não, e eu já estava de saco cheio dessa palhaçada dela com Yaman, hein. O menino nem conseguia dormir direito por causa da PERSISTENCIA DELA EM SABER A VERDADE.
Só que a fuga, o tiro e a tentativa de drogar Yaman foi apenas uma das suas ainda incontáveis tentativas de punir o assassino de sua irmã. De mostrar que não vai aceitar de braços abertos Yaman. Sim, Seher voltou para a mansão e agora ela está disposta a bancar o Yaman do dossiê.
Mas, e aqui eu quero trazer uma reflexão para quem está desesperada com o fragman do 211. Eu também fiquei indignada com o Yaman agarrando a Seher na brabeza dele, mas gostei do que ele disse. Afinal Seher é a única que pode machucá-lo, e minhas queridas, ela vai machucar. E você acha que eu não vou gostar disso só porque o Yaman não matou a Kevser? Só porque ele é inocente?
para a rua. ai passava um caminhão….AHAHAHHAHAHAHAH
Mas é claro que não. Se ele mentiu, se ele encarnou o vilão, que aguente a ira, a raiva de uma mulher que está em todo o SEU DIREITO de fazer o que for necessário para condenar em vida o algoz de sua irmã, já que preso ele nunca será. Só tem uma pessoa que pode fazer justiça pela Kevser – isso dentro do que Seher acredita, afinal ela pensa que Yaman é o assassino – essa pessoa é ela.
Yaman já deixou claro que Seher é a única que pode feri-lo porque foi a única que ele deixou chegar perto o suficiente para isso. Seher está metida dentro do coração desse homem. Ela é seu veneno e seu antidoto. Se ela está perto pode mata-lo, mas se estiver longe também. Agora veja se eu posso com um casal desse?
Me diga como eles poderão ficar juntos depois dessa leseira toda? Eu não disse que eu tinha uma reflexão sobre o que nos espera no 211 ao 215? Pois bem, vamos à ela.
No período do dossiê Yaman achou que era corno. Só que ele decidiu mentir para Seher sobre o dossiê, lembram? Agora, você veja uma coisa dessa, Seher não estava errada em gritar com Yaman lá na beira do mar chamando-o de o maior mentiroso do mundo. Ele é mesmo, esse filho do cão.
Yaman mentiu do dossiê e cobriu a mentira com outra mentira, disse que havia se casado com ela só para provar que ela não iria vencê-lo e tale coisa e coisa e tale. Disse que ele nunca tinha mudado e tale coisa e coisa e tale. Ou seja, não a amava. Não se importava com ela e que ela iria ficar casada com ele como punição.
Seher está fazendo o mesmo com Yaman. Ela voltou para a mansão para ser a diaba na vida dele. Só que Seher não é Yaman. Ela não foi criada na rua, disputando pedaço de comida com cachorro. Ela não tem os traumas de Yaman. Esses traumas que podem usar como justificativas para as ações desse macho. Ele é um homem com problemas psicológicos. Isso não podemos negar.
Seher não tem isso, gente. Talvez tenha agora depois desse tiro, talvez seu trauma aumente quando ela souber que atirou no égua de um homem inocente. Mas em essência Seher não é uma pessoa má. Já não podemos dizer isso de Yaman. Ele foi uma pessoa má. Ele matou pessoas, foi parar na cadeia. Ele viu o bicho ruim que habita no homem.
Ele foi malvado e há resquícios dessa malvadeza em sua personalidade ainda muito explosiva e violenta. Seher não é assim. Seher não vai tentar matar o Yaman de novo. Ela tem trauma de tiro agora, minha gente. Ela também não é uma assassina. Então, como que raios ela vai ser o cão na vida dele?
“Eu vou lutar contra você no seu castelo. Eu vou fazer você se arrepender de ter matado a minha irmã com cada respiração sua. E saiba disso, a partir de agora, essa mansão é nosso campo de guerra.” Episódio 210
Atacando-o onde vai doer. No amor que ele sente, que ele insiste em colocar diante dele como motivo para que ela o aceite apesar de tudo. Seher vai falar mil vezes que ele é o assassino de sua irmã. Seher fará com ele odeie essa frase. Pressionará o desgracildo do macho de todos os lados possíveis.
Ele vai perder a cabeça com essa pressão, vimos isso no fragman. Mas assim como na época do dossiê. Eles ainda tiveram que viver sob aparências para os que estavam ali. Hoje não há ninguém na mansão a não ser eles, mas quem não nos garante que apareça alguém ou surja uma situação que os empurre para os braços um do outro.
Nem que seja só para eles passarem raiva.
Temos uma mulher aqui ainda muito apaixonada, porém, envenenada dopada pelo ódio que sente pela figura que Yaman representa. Ela não consegue associar o olhar de amor dele como algo bom, mas doentio. Como ele ainda pode falar de amor se matou a irmã dele? Deve ser mais ou menos esse pensamento de Seher.
Lá perto do fim do período dark do dossiê, Yaman começou a desconfiar da veracidade daqueles documentos e fotos. Alguém, o detetive, enviou uma foto que desmentia todo o dossiê. Zuhal, amada, está nas tuas mãos. Mande pelo correio o pen drive para a Seher, mas tem que ser para ela. Eu quero ver a cara dela quando ouvir que foi a Ikbal que matou sua irmã.
Eu preciso ver o desespero da Seher quando descobrir a verdade. Assim como preciso ver até onde ela vai ferir os sentimentos de Yaman e se ele mudou mesmo, irá ouvir tudo calado. Não vai empurrar a Seher no chão, nem a pressionar com suas grandes mãos. Ainda que, na verdade, eu esteja sendo muito otimista aqui.
Ele vai fazer asneira. Ela vai se rude. Mas eu estou aqui só pela hora que a verdade aniquilará a muralha que há entre os dois. Eu consigo imaginar os escombros do grande terremoto da verdade caindo na Seher e no Yaman e resvalando no pobre do Yusuf.
Que comecem os jogos do dossiê 2.0.
Bem-vinda de volta, Emanet.
E seja o que Nazaré quiser!
Até mais!
Agradecimentos:
ATB
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